Vigilantes horistas, desemprego e aumento da pobreza estão entre os temas discutidos em plenário
Vigilantes horistas, desemprego e aumento da pobreza estão entre os temas discutidos em plenário
Foto: Silvio Abdon/CLDF

Codeplan revela que o índice de desemprego teve um leve recuo entre abril de 2020 e o mesmo mês em 2021, passando de 20,7% para 19,6%
A economia foi um dos principais assuntos abordados na sessão remota da Câmara Legislativa nesta terça-feira (25). Vários parlamentares dedicaram parte de seus discursos a temas correlatos, em especial os impactos da nova lei trabalhista e da pandemia do novo coronavírus no Distrito Federal.
A forma de contratação precarizada de vigilantes horistas por instituições bancárias foi criticada pelo deputado Chico Vigilante (PT). Segundo ele, esses profissionais recebem R$ 600,00 por mês, menos do que um salário mínimo, sem quaisquer outros benefícios, a exemplo de tíquete alimentação ou vale-transporte. “Um vigilante treinado, armado, dentro de um banco, arrisca a vida para receber isso. Os empresários têm de ter vergonha dessa exploração”, disse o distrital.
Já o deputado Delmasso (Republicanos) repercutiu alguns dados da recém-publicada pesquisa da Codeplan sobre o desemprego no DF. O estudo revela que o índice de desemprego teve um leve recuo entre abril de 2020 e o mesmo mês em 2021, passando de 20,7% para 19,6%. “Ainda é um número altíssimo, acima da média nacional”, destacou Delmasso. Mas ponderou: “Poucas unidades da Federação conseguiram reduzir os níveis de desemprego. O GDF conseguiu fomentar a economia mesmo na pandemia, mesmo com os lockdowns”. Ao abordar o quadro de desemprego por gênero e faixa etária, o distrital defendeu políticas focadas em mulheres e na juventude.
Por sua vez, o deputado Agaciel Maia (PL) voltou a lamentar o aumento da pobreza e da desigualdade social no DF e no Brasil como um todo. “O alastramento da Covid tem provocado quase a paralisação do setor de serviços, e o mercado sem a CLT está agonizando”, afirmou. Segundo ele, o número de miseráveis – aqueles abaixo da linha da pobreza – saltou de 11% em 2019 para 16%: “São pessoas que não ganham nem 90 centavos de dólar por dia”. Maia defendeu que R$ 1,6 bilhão dos R$ 3,6 bi estimados em renúncia fiscal pelo GDF para 2022 seja destinado para programas sociais.
Denise Caputo - Agência CLDF