Situação de abandono em Santa Luzia leva a pronunciamentos sobre gestão pública
Situação de abandono em Santa Luzia leva a pronunciamentos sobre gestão pública
Foto: Carlos Gandra/CLDF

Distritais debateram sobre os limites que um governador tem para atender todas as demandas da população
Uma cobrança do deputado distrital Leandro Grass (PV) sobre a responsabilidade do Governo do Distrito Federal em relação às carências sofridas pelos moradores da Chácara Santa Luzia ensejou hoje (05), na Câmara Legislativa, pronunciamentos sobre os limites da gestão pública no enfrentamento de problemas. “Na última campanha eleitoral, apareceram no local para prometer regularização, emprego, construção de casas, e muito mais. Já fizemos audiências aqui para tratar de Santa Luzia. A comunidade não tem água nem energia elétrica. Aquele é um lugar sem presença nenhuma do governo, com esgoto a céu aberto e crianças brincando nas ruas. E agora os aproveitadores irão retornar ao local para fazerem as mesmas promessas que nunca foram cumpridas”, denunciou Grass.
A crítica do deputado de oposição, no entanto, foi relativizada pelo deputado Agaciel Maia (PL). “As necessidades que se apresentam nas políticas públicas, seja de habitação, segurança ou saúde, crescem muito mais do que as receitas. O governador não tem como superar todos os problemas. A Estrutural era muito pior do que Santa Luzia, e hoje é uma cidade implantada, organizada. O governo, por mais competente que seja, só vai conseguir fazer uma parte do que é necessário. A Polícia Civil de Brasília, por exemplo, tem o mesmo quadro de servidores de 20 anos atrás. A população duplicou, os crimes ficaram mais sofisticados e o quadro de servidores permanece o mesmo”, explicou.
Serrinha - A deputada Arlete Sampaio (PT) trouxe para o plenário a situação da região da Serrinha, na área rural de Sobradinho, uma região de recarga de aquíferos e rica em biodiversidade. “O GDF resolveu construir ali a segunda etapa do Setor Habitacional Taquari. Estão ensaiando destruir toda aquela vegetação, o que será um dos maiores crimes ambientais contra o futuro da nossa capital. Quanto mais árvores são derrubadas, mais seca nós teremos. Chamo a atenção para que o Ministério Público intervenha, já que o governo está sempre ao lado dos especuladores imobiliários”, afirmou Arlete.
Eder Wen - Agência CLDF