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Presidente da CPI diz que Adão mentiu o tempo todo

Publicado em 15/04/2008 14h54
O presidente da CPI da Gautama, deputado Bispo Renato (PR) disse hoje, após o encerramento da reunião da comissão, que Adão Birajara Farias, ex-chefe de gabinete da Secretaria de Agricultura ao tempo em que o ex-distrital Pedro Passos era o titular, mentiu o tempo todo. Adão reafirmou reiteradas vezes, durante a acareação, ter sido o autor do recurso do órgão ao Tribunal de Contas para que a Gautama continuasse como responsável pelas obras da Bacia do Rio Preto. Mas ficou provado, como assinalou o deputado, que o pedido de reexame encaminhado ao TCU em abril de 2007, assinado por Birajara, foi feito a pedido de Pedro Passos e de Maria de Fátima Palmeira, diretora da Gautama, por uma advogada de nome Luci, contratada pela empresa por R$ 25 mil.
 Um mês depois da Operação Navalha, em maio do ano passado, a Secretaria encaminhou ao Tribunal de Contas da União pedido de desistência do recurso.

A maioria das perguntas feitas aos acareados - Mário Ikeziri, Paulo Sávio Cardoso de Oliveira e Adão Birajara - foram no sentido de esclarecer quem foi o responsável pela subversão da hierarquia do órgão para beneficiar a Gautama.
 Os depoentes, contudo, tentaram eximir-se de responsabilidade: Adão Birajara chegou a afirmar que  não recebeu nada da Gautama, "nem uma gravata de R$ 1,99";
 Paulo Sávio reafirmou o que disse na primeira oitiva, de que o despacho para pagar era feito pela área financeira; e Mário Ikeziri concluiu que foi induzido a erro.

Próximos passos - Sobre a antecipação do pedido feito pelo deputado Cabo Patrício (PT), para que fosse convocado o secretário de Obras do atual governo, Márcio Machado, o deputado Bispo Renato (PR) adiantou que é preciso cumprir a agenda já aprovada e que os desdobramentos dos fatos é que recomendarão a necessidade de novas convocações.

"Não vamos fazer disso uma intriga política", avisou o deputado, para quem já está provado que o recurso ao Tribunal de Contas da União para manter a Gautama à frente das obras do Rio Preto foi feito a pedido de Pedro Passos e Maria de Fátima Palmeira.

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