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Paulo Octávio renuncia em carta enviada à Câmara Legislativa

Publicado em 23/02/2010 19h11
Em carta enviada à Câmara Legislativa, o vice-governador Paulo Octávio (sem partido) renunciou oficialmente na tarde desta terça-feira (23), afastando-se do cargo de governador interino, em razão do afastamento do governador Arruda, que está preso na Polícia Federal. A carta trazida pelo assessor de imprensa  André Duda foi lida em Plenário pelo vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Cabo Patrício (PT), na presença de 19 parlamentares.

Ao final da sessão ordinária, o terceiro secretário da Câmara Legislativa, deputado Milton Barbosa (PSDB), leu mensagem do deputado Wilson Lima (PR), na qual comunica o seu afastamento da presidência da Câmara Legislativa para "exercer interinamente a chefia do Poder Executivo".

Ao justificar a renúncia, Paulo Octávio disse assumiu o governo "em condições excepcionalmente difíceis". Mas que, por falta de apoio político à  governabilidade do DF, decidiu renunciar. "Não posso, nem devo, contribuir de nenhuma maneira para gerar desagregação e desassossego para o brasiliense".

Logo após a leitura da carta de renúncia, a deputada Eliana Pedrosa (DEM) elogiou a atitude de Paulo Octávio e provocou debate no Plenário ao criticar o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que teria dado declarações em relação à morosidade da Câmara Legislativa em relação à apuração das denúncias contra os denunciados na Operação Caixa de Pandora. Eliana disse que as críticas à Câmara foram "lamentáveis e desastrosas".

Os deputados petistas Paulo Tadeu e Erika Kokay contestaram Pedrosa.
  Tadeu disse que Paulo Octávio ajudou a aprofundar a crise política ao deixar de renunciar na semana passada, embora tenha anunciado que iria fazê-lo. "Até parece que o DF não está vivendo esse fantasma, que é a intervenção", afirmou Tadeu.

O corregedor da Câmara Legislativa, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), enfatizou que "está rigorosamente dentro do prazo", em relação à análise dos processos contra os deputados distritais citados na Operação Caixa de Pandora. "Defender a intervenção é dar golpe na democracia".

O distrital Rogério Ulysses (sem partido) disse que a intervenção só é defendida por "histéricos". Alírio Neto (PPS) disse que o governador afastado também deveria seguir a atitude de Paulo Octávio. E Eurides Brito (PMDB) desabafou afirmando que tem a consciência tranquila.
 E negou que vá renunciar antes do final da apuração contra ela.

 

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