CLDF

Para debater as condições dos locais para prática de skate, patins e bicicleta no Distrito Federal, a Câmara Legislativa realizou audiência pública nesta segunda-feira (29) no plenário da Casa. De acordo com dados da Federação de Skate do DF (FSKTDF), dos 25 espaços atuais voltados para as modalidades, apenas cinco estão em condições de uso e a capital não possui uma pista de patins de velocidade. Outras reivindicações dos esportistas são o incentivo governamental à profissionalização dos atletas e a construção de um circuito radical no Parque da Cidade, um centro com pistas homologadas que vai permitir a realização de eventos internacionais.

Segundo o autor da audiência pública, deputado Prof. Israel |Batista (PEN), o Estado tem que "parar de virar as costas para os esportes urbanos", que por muito tempo foram vistos com preconceitos. "São modalidades que fazem parte das paisagens urbanas das cidades modernas. Com o incentivo a esses esportes, estaremos tirando jovens das drogas, desafogando o trânsito e apontando para o futuro", afirmou Israel. O deputado Olair Francisco (PTdoB) também reforçou a importância da relação entre esporte e educação. "Não adianta que secretarias pensem esse projeto de forma separada".

Já o administrador do Parque da Cidade, Paulo Dubois, disse que o governo está preocupado com o esporte e vai encampar o projeto do Circuito Radical. "Precisamos construir uma estrutura para skate e patins e proporcionar melhores condições para os ciclistas". Já o secretário adjunto de Esporte, Célio René, afirmou que o GDF é favorável à construção do complexo de esportes radicais, mas é preciso trabalhar em parceria com as entidades representativas de atletas para se chegar a um projeto ideal. "Estamos comprometidos a fazer os estudos e ampliar o diálogo para que o projeto seja licitado corretamente e atenda às três modalidades", afirmou René.

Durante a audiência pública, os skatistas criticaram as condições e os projetos das pistas do DF. Observaram ainda que nenhuma delas está no Plano Piloto. "O problema é que as pistas foram construídas sem que os esportistas fossem consultados e a grande maioria delas não permite a prática dos esportes", afirmou o presidente da FSKTDF, Adolfo Frederico Ferreira.