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A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) completa este mês 25 anos. O aniversário da instituição foi comemorado em sessão solene no plenário da Câmara Legislativa na noite da terça-feira (4), por iniciativa da deputada Arlete Sampaio (PT). Avanços e desafios no atendimento às mulheres vítimas de violência foram lembrados durante a homenagem. E as participantes defenderam a necessidade de ampliar o atendimento  especializado às mulheres vítimas de agressões, no DF.

Segundo informou a secretária da Mulher, Olgamir Amancia, os casos de violência contra mulheres aumentam no período noturno e nos finais de semana. No entanto, os núcleos de atendimento especializado, presentes nas 31 delegacias do Distrito Federal, funcionam apenas de 8h às 19h. Sensibilizada, a deputada Arlete se comprometeu a encaminhar indicação do Legislativo local ao GDF sugerindo que a Deam e os núcleos especializados tenham horário ampliado e atendam 24h por dia.

"Temos a clareza de que a Deam não é apenas mais uma dependência da Polícia Civil: ela é um espaço de todas as mulheres brasilienses que são, infelizmente, vitimadas pela violência e que procuram a delegacia especializada com a perspectiva de ver ali resolvido o seu problema", destacou a petista.

Há 16 anos na Polícia Civil, a delegada-chefe da Deam, Ana Cristina Santiago, disse ter orgulho de estar à frente da delegacia: "Muito embora uma das nossas funções seja a apuração dos delitos, a Deam é um espaço de acolhimento e proteção à mulher".

Após lembrar que a Deam do DF foi uma das primeiras do Brasil, a esposa do governador Agnelo, Ilza Queiroz,  ressaltou o papel da delegacia no cumprimento da Lei Maria da Penha. "A Deam é um espaço de fortalecimento das mulheres em situação de violência e, além de comemorar os avanços obtidos por essa delegacia, eu, na condição de mãe, médica e cidadã, estou inserida nessa luta, que deve ser de todas", afirmou.

Violência na construção de Brasília – A exposição "Mulheres: cotidiano e violência na construção de Brasília" foi aberta durante a sessão solene. Organizada pelo Arquivo Público e pela Casa Civil do DF, a mostra contém fotografias e reproduções de ocorrências policiais sobre violência contra as mulheres que moravam em Brasília nos anos de 1957 e 1958, evidenciando os primeiros casos desse problema na nova capital. A exposição fica no foyer do plenário da Câmara até  quinta-feira (6). A visitação é aberta à comunidade das 8h às 18h.

Com informações da assessoria de imprensa da deputada Arlete Sampaio (PT)