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A recém-criada CPI dos Cemitérios se reuniu hoje pela primeira vez para definir os passos iniciais dos seus trabalhos de investigação. O presidente da CPI, deputado Rogério Ulysses (PSB), apresentou uma série de requerimentos visando recolher informações sobre a empresa Campo da Esperança, responsável pela administração de todos os cemitérios do Distrito Federal.

Os requerimentos pedem informações sobre possíveis sanções aplicadas à empresa pelo Executivo relativas à execução do contrato de concessão, cópias integrais de processos no Tribunal de Contas, Procuradoria-Geral do Distrito Federal e Secretaria de Desenvolvimento e Trabalho. Os deputados também solicitaram a cópia de uma ação popular impetrada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Os parlamentares presentes, Rogério Ulysses (PSB) - presidente da CPI, Benício Tavares (PMDB) - relator, Reguffe (PDT) e Erika Kokay (PT), também aprovaram o convite às famílias vítimas de remoção dos restos mortais de seus entes queridos para prestarem depoimento.

Também foram solicitadas cópias das planilhas de custos e de repasses do Campo da Esperança ao GDF. "Essa empresa repassa uma quantia irrisória, vergonhosa aos cofres públicos, mesmo tendo a concessão de todos os cemitérios do Distrito Federal", criticou Ulysses.

O deputado Reguffe lembrou o que considera os principais pontos de investigação da CPI. "Temos que investigar primeiramente o sumiço de ossadas dos cemitérios e depois saber exatamente por que é tão caro enterrar alguém no Distrito Federal", afirmou. A deputada Erika Kokay sugeriu que as investigações também se estendam aos serviços funerários.

Em breve a CPI irá contar com um número 0800 para o recebimento de denúncias e informações. Por enquanto, a população pode entrar em contato com a comissão pelos telefones da Ouvidoria da Câmara Legislativa (3966-8283 e 3966-8315) e pelo endereço eletrônico (ouvidoria@cl.df.gov.br).