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CPI da Gautama pretende ouvir Júlio Cavalcanti e Herberth de Sousa novamente

Publicado em 15/09/2008 13h29
Os deputados da CPI da Gautama pretendem tomar novo depoimento de Herberth Gualberto de Sousa, executor do contrato na Secretaria de Agricultura, e Júlio de Castro Cavalcanti, advogado que opinou favoravelmente aos pleitos da empresa. A reinquirição dos ex-servidores da Agricultura foi proposta pelo deputado Cabo Patrício (PT), que justificou a oitiva ante a necessidade de esclarecer informações surgidas com a análise das agendas recebidas do STJ e dos dados bancários recebidos pela comissão. Na abertura dos trabalhos, o relator da CPI, deputado Brunelli (DEM), avaliou que a falta de condições materiais para trabalharem as informações recebidas do STJ e resultantes da quebra do sigilo bancário vai frustrar a apresentação do relatório e do número de pessoas que poderão ser indiciadas.

Brunelli advertiu que "evidências não são provas" e que ele não "quer a injustiça em sua biografia". Mas Patrício foi contundente ao afirmar que "não tem dúvidas de que houve um esquema para fraudar os cofres públicos" e que não são meros indícios, mas indícios muito fortes. Cobrado pelo deputado Patrício por não ter agendado a oitiva de algumas pessoas, mesmo tendo a comissão aprovado os requerimentos de convocação, o deputado Bispo Renato (PR), presidente da CPI, disse que não há qualquer cerceamento às oitivas requeridas por ele.

Cabo Patrício disse que se não se concentrarem nos alvos principais, o relatório vai acabar propondo o indiciamento "de bagrinhos e deixando fora os jaús para continuarem fazendo maracutaias". Bispo Renato rebateu, garantindo que "bagres e jaús estão na mesma rede".

Em entrevista à imprensa, ao final dos trabalhos, Cabo Patrício afirmou, entre outras considerações, ter havido uma clara e promíscua relação entre a Gautama e o governo do DF anterior e o atual, conforme se pode constatar pelas agendas apreendidas no escritório da empresa.

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