Câmara discute crise no atendimento da rede pública de saúde
Câmara discute crise no atendimento da rede pública de saúde

Essa preocupação foi destacada pelo deputado Agaciel Maia (PTC), ao abrir os trabalhos no plenário da Casa. Agaciel afirmou que o grande diferencial entre pobres e ricos reside no atendimento que uns e outros recebem em razão de sua condição econômica.
O deputado observou que o quadro atual da saúde pública no DF não favorece a prevenção, o que demanda investimentos maiores e mais elevados no setor. Mas considerou que nem o crescimento do número de servidores aprovado ano passado pela Casa, nem o aumento dos recursos da saúde de R$ 1,7 bilhão em 2008 para R$ 2,3 bilhões em 2012, foram suficientes para tirar a saúde da grave crise em que se encontra no DF.
Para a deputada Eliana Pedrosa (PSD), está passando da hora de enfrentar esse problema. Embora reconhecendo que as dificuldades registradas não são específicas deste governo, Eliana disse que a situação vem se agravando, conclusão a que chegou a partir das visitas que tem realizado nos hospitais, onde constatou a falta de de equipamentos e de medicamentos básicos.
A deputada afirmou, contudo, que "nunca será oposição" quando se tratar de saúde, educação e segurança. A mesma disposição foi manifestada pelo deputado Olair Francisco (PT do B): "É preciso ter um raio de esperança, uma resposta para a situação da saúde".
:Alegando que a saúde "não pode ser bico para ninguém", a deputada Celina Leão (PSD) fez duras críticas à gestão do setor pelo atual governo, que, segundo afirmou, padece de deficiências em muitas frentes. Entre os pontos criticados pela deputada figura a decisão de terceirização das UPAS por um governo petista _ o que, para ela, equivale ao mesmo que "rasgar a Lei de Responsabilidade Fiscal".
Contratações _ O secretário-adjunto da Saúde, Elias Miziara, avaliou que a saúde pública melhorou no DF. Miziara disse que a ampliação do quadro de pessoal, votada pela Casa, não representou mais 11 mil servidores na saúde, pois o governo anterior havia contratado quase a metade sem o cumprimento de requisitos legais.
Além disso, o governo foi obrigado, segundo Miziara, a assumir o Hospital de Santa Maria e a colocar mais de dois mil servidores.
O aporte de servidores, portanto, foi reduzido significativamente e alguns problemas perduraram em razão dissoAo responder a pontos específicos apresentados na audiência, o secretário-adjunto anunciou que daqui a 30 ou 40 dias entrará em funcionamento o ponto eletrônico, com controle de presença, no Hospital de Base de Brasília (HBB) e depois no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).
Também se manifestaram os diretores do HBB, Julival Fagundes Ribeiro, e do HRAN, Paulo Henrique Ramos Feitosa, além de participantes da audiência pública interessados em apresentar sugestões e fazer críticas, especialmente em relação ao fornecimento de medicamentos e atendimento médico.