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Câmara discute crise no atendimento da rede pública de saúde

Publicado em 18/04/2012 15h40
A  Câmara  Legislativa realizou hoje(18) audiência pública para discutir alternativas para a melhoria de atendimento nos hospitais, postos de saúde, Unidades de Pronto Atendimento à Saúde (UPAS), que integram a rede pública.
 Essa preocupação foi destacada pelo deputado Agaciel Maia (PTC), ao abrir os trabalhos no plenário da Casa. Agaciel afirmou que o grande diferencial entre pobres e ricos reside no atendimento que uns e outros recebem em razão de sua condição econômica.

O deputado observou que o quadro atual da saúde pública no DF não favorece a prevenção, o que demanda investimentos maiores e mais elevados no setor. Mas considerou que nem o crescimento do número de servidores aprovado ano passado pela Casa, nem  o aumento dos recursos da saúde de R$ 1,7 bilhão em 2008 para R$ 2,3 bilhões em 2012, foram suficientes para tirar a saúde da grave crise em que se encontra no DF.
 Para a deputada Eliana Pedrosa (PSD), está passando da hora de enfrentar esse problema. Embora reconhecendo que as dificuldades  registradas não são específicas deste governo, Eliana disse que a situação vem se agravando, conclusão a que chegou a partir das visitas que tem realizado nos hospitais, onde constatou a falta de de equipamentos e de medicamentos básicos.

A deputada afirmou, contudo, que "nunca será oposição" quando se tratar de saúde, educação e segurança. A mesma disposição foi manifestada pelo deputado Olair Francisco (PT do B): "É preciso ter um raio de esperança, uma resposta para a situação da saúde".

:Alegando que a saúde "não pode ser bico para ninguém", a deputada Celina Leão (PSD) fez duras críticas à gestão do setor pelo atual governo, que, segundo afirmou,  padece de deficiências em muitas frentes. Entre os pontos criticados pela deputada figura a decisão de terceirização das UPAS por um governo petista _ o que, para ela, equivale ao mesmo que "rasgar a Lei de Responsabilidade Fiscal".

Contratações  _ O secretário-adjunto da Saúde, Elias  Miziara, avaliou que a saúde pública melhorou no DF. Miziara disse que a ampliação do quadro de pessoal, votada pela Casa, não representou mais 11 mil servidores na saúde, pois o governo anterior havia contratado quase a metade sem o cumprimento de requisitos legais.

Além disso, o governo foi obrigado, segundo Miziara, a assumir o Hospital de Santa Maria e a colocar mais de dois mil servidores.
 O aporte de servidores, portanto, foi reduzido significativamente e alguns problemas perduraram em razão dissoAo responder a pontos específicos apresentados na audiência, o secretário-adjunto anunciou que daqui a  30 ou  40 dias entrará em funcionamento o ponto eletrônico, com controle de presença, no Hospital de Base de Brasília (HBB) e depois no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).

Também se manifestaram os diretores do HBB, Julival Fagundes Ribeiro, e do HRAN, Paulo Henrique Ramos Feitosa, além de participantes da audiência pública interessados em apresentar sugestões e fazer críticas, especialmente em relação ao fornecimento de medicamentos e atendimento médico.

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