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Audiência pública debate revitalização do Museu de Arte de Brasília e descarta fusão com Museu Nacional

Publicado em 23/09/2009 13h36
Próximo de completar 25 anos de existência, o destino do Museu de Arte Moderna de Brasília (MAB) continua incerto. Interditado em 2007 por determinação do Ministério Público, sem recursos para aplicar na reforma física e organização do acervo, tem pela frente uma tábua de salvação que pode não ser a melhor saída: a fusão com o Museu Nacional.

:Para debater essas e outras questões, foi realizada audiência pública hoje (23) na Câmara, proposta pela deputada Erika Kokay (PT), que apontou a contradição do fechamento de um museu exatamente na cidade conhecida como "a capital da esperança". A deputada questionou ainda a ausência de verbas no orçamento dos 50 anos de Brasília para a revitalização do MAB.

Erika lembrou que o acervo do MAB corresponde a algo em torno de oito milhões de dólares, representado por cerca de mil obras que se encontram encaixotadas, correndo riscos de danos e desviados de suas funções originais. A deputada afirmou que a proposta de fusão com o Museu Nacional não seria a melhor solução para resolver os problemas do MAB.

A fusão, apontada como uma possível saída para os graves problemas enfrentados pelo MAB, foi praticamente descartada por quase todos os presentes que se manifestaram na audiência, como o pesquisador Cláudio Pereira; a diretora do Espaço Cultural Contemporâneo, Karla Osório; José do Nascimento Júnior, presidente do Instituto Brasileiro de Museus; Jefferson Paz, educador e artista, e, mais veementemente, por Alfredo Gastal, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

Karla Osório disse que a fusão, apontada como salvação do MAB, é injustificável e que o Museu Nacional não tem espaço adequada para receber o acervo.

  Para Jefferson Paz, a fusão seria "uma pá de cal no MAB". Já Alfredo Gastal disse ser inconcebível que se planeje fechar o primeiro museu da cidade, "uma versalhes do século XX" , e que uma parceria com a iniciativa privada pode ser uma saída para evitar que desapareça um "museusinho singelo", mas símbolo da utopia que cercou a construção da capital.

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