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Moacir Pinto Filho se diz ameaçado por jardineiros

Publicado em 12/06/2008 15h30
No depoimento de hoje à CPI dos Cemitérios, Francisco Moacir Pinto Filho, sócio majoritário da Campo da Esperança Serviços Ltda.

, colocou a culpa da má conservação dos cemitérios do DF nos jardineiros. "São os jardineiros que colocam os canos clandestinos. Se eu triscar lá, eles ameaçam meus funcionários", disse diante de imagens feitas durante visitas da CPI aos cemitérios, exibidas a pedido do presidente da Comissão, deputado Rogério Ulysses (PSB).

As imagens revelam encanamentos expostos, ossos a descoberto, calçadas tomadas pelas gramas, áreas de uso comum em péssimo estado de conservação. Imagens também mostram, no local, os jardineiros que detêm a concessão para explorar os seis cemitérios do Distrito Federal. Francisco Pinto disse que muitos dos jardineiros são ex-detentos mandados para os cemitérios pelo extinto Instituto Candango de Solidariedade (ICS). "Eles têm interesse de me expulsar", completou.
 O empresário alegou que se deparou, ao ganhar a licitação, com muitos túmulos irregulares construídos pelos jardineiros, justificando assim algumas remoções.
 Citou também interferências políticas de "autoridades", sem citar nomes.

O empresário confirmou ser pioneiro, no Brasil, na exploração de seguro funerário, no Ceará e em Pernambuco. Esse serviço não é regulamentado no País, segundo pontuou Rogério Ulysses. "Declaro isso há 12 anos no meu Imposto de Renda. Se é ilegal, não me avisaram", respondeu o empresário. Ele defendeu o seguro dizendo que a tendência é de as pessoas não gastarem mais com enterros. A opção por uma taxa mensal acabaria, na sua opinião, até com os "papa-defuntos" - pessoas que procuram as famílias ainda nos hospitais. No Distrito Federal, Pinto informou que financia sepultamentos em até 36 meses, com juro de 1%.

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