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Fibra propõe novo programa de desenvolvimento industrial

Publicado em 25/05/2007 11h33
O Distrito Federal tem recursos, um bom mercado consumidor, excelente infra-estrutura de escoamento da produção, um dos melhores índices de educação do país e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de primeiro mundo. Com tantas vantagens, por que a curva de crescimento industrial é descendente?Esta foi a pergunta que a Federação das Indústrias (Fibra) procurou responder ao analisar o cenário econômico do DF para propor um novo programa de desenvolvimento industrial.

A proposta foi apresentada pelo superintendente cooperporativo da entidade, Adonias dos Reis Santiado, durante a sessão de encerramento da Semana da Indústria na Câmara Legislativa,  presidida pelo presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo, deputado Batista das Cooperativas (PRP).

Segundo dados da Fibra, o Produto Interno Bruto (PIB) do DF foi multiplicado por quatro nos últimos dez anos, no entanto, a participação da indústria caiu de 17 para 7% no período.

Adonias Santiago mostrou pesquisas da Fibra que detectaram, em seis estados que vêm tendo bons índices de desenvolvimento industrial, programas específicos de incentivo ao setor. Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais e Ceará mantêm programas baseados em cinco eixos principais: tratamento fiscal e tributário; criação de áreas de desenvolvimento industrial com infra-estrutura adequada; crédito, investimento e financiamento; compras governamentais e incentivo à tecnologia e informação.
 Ele sublinhou a atitude dos governos que estão usando seu poder de compra para alavancar o desenvolvimento local.

A proposta da Fibra é firmar um pacto envolvendo toda a sociedade, desde os poderes públicos até as entidades organizadas, para garantir o desenvolvimento do DF.

O representante do GDF, César Gonçalves, diretor de turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, garantiu que o governo fará a sua parte, até porque "o sonho de JK era trazer o desenvolvimento para o centro do país e não apenas a capital administrativa".

O vice-presidente da Fibra, Ricardo Figueiredo Caldas, parabenizou a CLDF e afirmou que a entidade "acompanha com interesse o esforço da nova legislatura em resgatar a imagem da Câmara Legislativa". Ele lembrou que "nesses 114 dias iniciais, já pudemos testemunhar o fim do voto secreto e do nepotismo".
 "Reafirmamos", disse, "nossa convicção de que a democracia só se consolida com instituições fortes". Ele anunciou um pacto entre a Câmara e a Fibra pelo desenvolvimento sustentável do DF que, segundo seu ponto de vista, só será alcançado com o programa proposto por sua entidade.

O deputado Batista das Cooperativas, ao encerrar a sessão, garantiu que a Câmara tomará todas as medidas necessárias para manter sua respeitabilidade, "sem pressa, dando o direito de defesa a todos, mas sem deixar de responder à população".

Batista lembrou que a Câmara dá muita importância à iniciativa privada: "Acho um absurdo que a capital do Brasil tenha quase 300 mil desempregados e, por isso, incansavelmente, estamos desenvolvendo ações para ajudar o setor privado a gerar empregos". O parlamentar disse que, de cada dez pessoas que vão aos gabinetes parlamentares, nove procuram emprego.
 E se comprometeu, como presidente da comissão, a manter uma parceria com a Fibra.


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