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Deputados querem mudanças estruturais nos cemitérios do DF

Publicado em 11/08/2008 14h13
Na visita que fizeram na manhã de hoje ao Cemitério do Gama, os membros da CPI que apuram as irregularidades no setor observaram que pouco foi feito na área desde a nomeação de um interventor, pelo governo do DF, após a confirmação da denúncia de existência, no local, de ossadas e restos de caixões enterrados clandestinamente em manilhas. Os deputados foram unânimes em reconhecer que houve uma melhora nas reclamações da população e na manutenção da grama, que estava aparada, mas constataram que nada mais foi feito em relação a aspectos primordiais do contrato da empresa Campo da Esperança, relacionados à segurança, vigilância e conservação do cemitério, consideradas bastante precárias. Em mais de uma hora, os deputados constataram que as vias de circulação internas continuam precárias. Além disso, encontraram no ossário vários sacos de ossos exumados, armazenados em sacos de lixo, e sem a etiqueta de identificação.
                  O presidente da CPI dos Cemitérios, deputado Rogério Ulysses (PSB), avaliou que a intervenção teve caráter apenas paliativo, quando o que se requer é uma mudança estrutural, mais agressiva, que pode chegar até mesmo a uma ação mais dura, de rompimento do contrato com a empresa Campo da Esperança, que administra os seis cemitérios do DF.

A deputada Erika Kokay (PT) foi mais incisiva, ao observar que a intervenção foi determinada a partir da ocorrência de um crime no local e que, por isso mesmo, deveria ser mais eficaz. "A intervenção não pode ser uma jogada de marketing", disse, mas deve consistir numa ação que trate com respeito os sentimentos do povo.

O serviço tem de ser bem prestado, seja pelo Estado ou pela iniciativa privada, advertiu o deputado Reguffe (PDT), que rejeitou uma intervenção feita com finalidade "marqueteira, de fachada". É preciso fiscalizar, segundo o deputado, para avaliar a qualidade do serviço que, se não for bom, pode levar à cassação da concessão.

O coronel Jésu Antonio Ferreira foi nomeado interventor do Cemitério do Gama em 17 de junho passado e em 90 dias deverá fazer ampla avaliação das condições em que o mesmo se encontra, para municiar o GDF que, então, decidirá o que fazer.
 Na opinião do interventor, as reclamações foram zeradas e que a população sabe que ele está de olho.

No entanto, segundo os deputados, mesmo tendo priorizado o atendimento à população, o coronel Jésu deixou de resolver questões primordiais, como o fechamento do portão próximo à área onde foram localizadas as ossadas clandestinas e a urbanização do setor, entre outros itens relevantes, como auditagem nas contas da empresa para verificar se está sendo feito o competente recolhimento.

 

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