Deputados querem mudanças estruturais nos cemitérios do DF
Deputados querem mudanças estruturais nos cemitérios do DF

O presidente da CPI dos Cemitérios, deputado Rogério Ulysses (PSB), avaliou que a intervenção teve caráter apenas paliativo, quando o que se requer é uma mudança estrutural, mais agressiva, que pode chegar até mesmo a uma ação mais dura, de rompimento do contrato com a empresa Campo da Esperança, que administra os seis cemitérios do DF.
A deputada Erika Kokay (PT) foi mais incisiva, ao observar que a intervenção foi determinada a partir da ocorrência de um crime no local e que, por isso mesmo, deveria ser mais eficaz. "A intervenção não pode ser uma jogada de marketing", disse, mas deve consistir numa ação que trate com respeito os sentimentos do povo.
O serviço tem de ser bem prestado, seja pelo Estado ou pela iniciativa privada, advertiu o deputado Reguffe (PDT), que rejeitou uma intervenção feita com finalidade "marqueteira, de fachada". É preciso fiscalizar, segundo o deputado, para avaliar a qualidade do serviço que, se não for bom, pode levar à cassação da concessão.
O coronel Jésu Antonio Ferreira foi nomeado interventor do Cemitério do Gama em 17 de junho passado e em 90 dias deverá fazer ampla avaliação das condições em que o mesmo se encontra, para municiar o GDF que, então, decidirá o que fazer.
Na opinião do interventor, as reclamações foram zeradas e que a população sabe que ele está de olho.
No entanto, segundo os deputados, mesmo tendo priorizado o atendimento à população, o coronel Jésu deixou de resolver questões primordiais, como o fechamento do portão próximo à área onde foram localizadas as ossadas clandestinas e a urbanização do setor, entre outros itens relevantes, como auditagem nas contas da empresa para verificar se está sendo feito o competente recolhimento.