Depoente diz que Campo da Esperança quer desviar o foco das investigações
Depoente diz que Campo da Esperança quer desviar o foco das investigações

O objetivo da acusação seria desviar o foco das irregularidades cometidas pela empresa e tentar desqualificá-lo.
Warllen admitiu ter tratado de valores financeiros com o gerente administrativo da Campo da Esperança, Rodrigo Macedo. No entanto, segundo ele, o dinheiro era referente a uma dívida trabalhista.
"A empresa me deve cerca de R$ 26 mil e quis pagar apenas R$ 2 mil.
Como não houve acordo, entrei na Justiça. Tenho cópias de e-mails que provam o teor de nossas conversações", explicou o depoente. Essa negociação foi gravada e usada como prova de suposta extorsão praticada por ele contra a empresa, que registrou queixa na 1ª Delegacia de Polícia. "Não dá pra falar de extorsão. Como eu poderia ameaçar fazer uma denúncia que eu já havia feito à CPI em dezembro do ano passado", observou Warllen. Essa informação foi confirmada pelos integrantes da CPI dos Cemitérios.
O depoente também disse que quando chegou ao cemitério do Gama, em 2005, já existia a manilha onde foram encontrados encontrou ossos de indigentes. "Tudo que fiz foi cumprindo ordens. Meu chefe imediato era o Rodrigo". O ex-subgerente também se mostrou preocupado, pois há dois dias um carro está anda seguindo ele e sua família. Warllen alegou, no entanto, que ainda não sofreu ameaças.
Para o presidente da CPI, deputado Rogério Ulysses (PSB), o momento é de apurar responsabilidades e se preciso realizar acareações.
Os parlamentares querem saber por que não há relatos da fiscalização sobre a existência das manilhas e por que elas foram escondidas. "Vamos descobrir quem foi o mentor intelectual deste depósito clandestino de ossadas no Cemitério do Gama", afirmou Ulysses.