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CLDF promove ato de desagravo à deputada Cida Diogo

Publicado em 17/05/2007 11h57
Por iniciativa da deputada Erika Kokay (PT), a Câmara Legislativa realizou hoje ato de desagravo à deputada federal Cida Diogo (PT-RJ), que foi agredida verbalmente com palavras de baixo calão, na semana passada, pelo deputado Clodovil Hernandez (PTC-SP) no plenário da Câmara dos Deputados. Representantes de diversas entidades ligadas aos direitos das mulheres e deputados distritais, além de autoridades do executivo local e federal, compareceram ao ato.

Ao justificar o desagravo, Erika Kokay disse que a agressão a Cida Diogo representa não só uma violência às mulheres, mas a todos e todas que querem uma sociedade justa e igualitária, baseada no entendimento de que a humanidade é uma só. "A violência muitas vezes só é percebida quando deixa marcas na pele, passando despercebida quando atinge a alma", acrescentou.

Erika fez um breve relato da trajetória política de Cida Diogo, filiada ao PT desde 1980. Destacou a participação da deputada em movimentos sociais e no movimento estudantil, lembrando que ela foi presidente do PT de Volta Redonda (RJ) e vice-prefeita da cidade, além de ter sido deputada estadual por duas vezes, antes de ser eleita deputada federal.

Os deputados Reguffe (PDT) e Batista das Cooperativas (PRP) levaram sua solidariedade a Cida Diogo. Para Reguffe, a deputada foi agredida não apenas como mulher, mas como ser humano. Ressaltou que deve haver respeito entre os congressistas, mesmo que um parlamentar pense de forma diversa do outro. Batista das Cooperativas acha que a atitude de Clodovil merece repúdio veemente. O deputado Chico Leite (PT) encaminhou mensagem solidarizando-se com Cida Diogo, que foi lida por Kokay.

A deputada Cida Diogo afirmou, em seu discurso, que a atitude de Clodovil não foi só um ato de agressão a uma pessoa, mas é exemplo do que acontece diariamente em todo o país, com mulheres que trabalham para conquistar seu espaço. A melhor lição que se extrai do fato, segundo a deputada, é aquela que revela a necessidade de fortalecer o movimento das mulheres para enfrentar a discriminação.

Também se manifestaram na sessão a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire;
 a presidente do Conselho de Direitos da Mulher, Mirta Brasil Fraga;
 o subsecretário da Secretaria Especial de Promoção dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, representando o secretário, ministro Paulo Vanuchi; Maria Laura Sales Pinheiro, representante da Comissão Provisória da Secretaria de Mulheres do PT; e diversos representantes de entidades ligadas à defesa dos direitos da mulher e de associações de classe.
    

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