Sistema penitenciário do DF é discutido na Câmara Legislativa
Sistema penitenciário do DF é discutido na Câmara Legislativa

Muitas estão contempladas em projetos a serem executados em 2012, segundo informou o subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe/SSP), Cláudio de Moura Magalhães.
O coordenador-geral da Sesipe, João Feitosa, apronta três problemas principais do sistema: a quantidade vagas para os detentos, as condições de trabalho dos servidores e o tráfico de drogas nas instituições. "Essa última questão é uma das que mais dificulta o processo de ressocialização", disse.
:Como resposta às demandas da área, o subsecretário da Sesipe, Cláudio Magalhães apresentou as seguintes medidas para o próximo ano: a construção de três módulos de vivência, a reforma do presídio feminino, para ampliar a capacidade de detentas, a compra e instalação de scanners de corpo para os visitantes e a promoção de cursos para os trabalhadores do sistema. Além disso, para enfrentar o tráfico de drogas nos presídios, Magalhães disse que o governo vai investir no sistema de inteligência.
:Outro ponto recorrente nas falas dos participantes da audiência foi a atuação de agentes da Polícia Civil nos presídios e instituições de cumprimento de medidas socioeducativas. "Quem prende não pode educar", defendeu a presidente da Associação dos Agentes Penitenciários da Polícia Civil do DF", Marcelle de Almeida.
Essa também é a opinião de Mário Gramacho, diretor do Sinpol: "Os agentes de atividades penitenciárias foram muito bem preparados para o cargo, são eles que devem conduzir o sistema e não os agentes da Polícia Civil".
:Segundo o subsecretário Cláudio Magalhães, essa questão já está sendo resolvida. "Estamos trabalhando para que os agentes de atividades penitenciárias ocupem seus cargos e, aos poucos, assumam cargos de chefia", disse. Com relação aos agentes penitenciários da Polícia Civil, Magalhães informou que eles estão sendo transferidos para a área administrativa ou voltando para o órgão de origem.
Caje - "O Caje já devia estar desativado.
As condições são péssimas tanto para os meninos como para os funcionários", afirmou a presidente da comissão, deputada Celina Leão (PSD), no início da audiência.
De acordo com o servidor do Caje e representante do Sindicato dos Atendentes de Reintegração Social, Claiton Oliveira, a instituição abriga mais de 400 adolescentes, sendo 120 o número máximo recomendado. "O sistema está falido, estamos fazendo milagre para evitar tragédias", desabafou.