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A criação das Feiras Especiais de Artes (Feirartes) no Distrito Federal foi tema de sessão solene no plenário da Câmara Legislativa na noite desta quarta-feira (4). Iniciativa do deputado Reginaldo Sardinha (Avante), a solenidade celebrou a aprovação da Lei nº 6.423/2019, que regulamentou o funcionamento das Feirartes no DF, assim como os direitos e obrigações dos artesãos e outros trabalhadores manuais.

"As cordas, telas e lãs se tornam arte e herança cultural nas mãos dos nossos artesãos. Nenhuma inovação tecnológica pode suprimir o artesanato", destacou o autor da norma, deputado Sardinha. Segundo o parlamentar, que integra a Frente Parlamentar em Defesa do Artesanato, o DF registra mais de 10 mil trabalhadores manuais.

Para a presidente do Sindicato dos Artesãos do Distrito Federal, Sandra Lima Madeira, "o artesão, no nosso País, não tem o valor nem o respeito que deveria ter". Ela elogiou a aprovação da lei que instituiu as Feirartes, mas pediu mais políticas públicas voltadas para o estímulo e o desenvolvimento do artesanato no DF. A sindicalista cobrou, ainda, a criação de um polo de artesanato, com rotatividade, "para que todos possam chegar e expor"; e carteira de artesão para todos.

A secretária de Turismo do DF, Vanessa Chaves de Mendonça, reconheceu a responsabilidade do governo para com o segmento. "Vocês têm o poder de transformar, de criar e de realizar. Precisamos abrir espaços para que vocês vendam seus produtos", disse, se dirigindo aos trabalhadores manuais presentes no evento. Segundo a gestora, desde o ano passado, a pasta condiciona o apoio a eventos à garantia de espaço para o artesão.

Denise Caputo
Foto: Carlos Gandra/CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa