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O destino do Museu de Arte de Brasília (MAB), com quase 25 anos de existência e que foi interditado em 2007 por determinação do Ministério Público, continua incerto.
 A questão foi debatida na manhã da hoje (23) na Câmara, em audiência pública proposta pela deputada Erika Kokay (PT), que apontou a contradição representada pelo fechamento de um museu exatamente na cidade conhecida como "a capital da esperança".

Uma das soluções colocadas em discussão foi a fusão do MAB com o Museu Nacional, apontada como uma possível saída para os graves problemas enfrentados pelo MAB. A alternativa foi praticamente descartada por quase todos os presentes que se manifestaram durante a audiência pública.

O projeto da reforma da sede do museu, construída no setor de Clubes Norte por equipe de Oscar Niemeyer, está pronto e foi feito de forma a respeitar as características dos anos 60. Só depende de recursos para sua viabilização, afirmou o diretor-executivo do Museu de Arte de Brasília, Glênio Lima (na foto).

Para Glênio, o Museu Nacional seria o único espaço da cidade em condições de abrigar o acervo do MAB, e que as obras estariam melhor lá do que encaixotadas num porão, como hoje se encontram.

A subsecretária de Políticas Culturais da Secretaria de Cultura, Ione Carvalho, apontou uma série de dificuldades para resolver não só o problema do MAB, como também de todos os prédios próprios do órgão, que sequer têm "habite-se", pela quase impossibilidade de conciliação entre as exigências dos bombeiros, por exemplo, e a arquitetura de Niemeyer, que privilegia grandes vãos e nem sempre garantindo a segurança dos transeuntes.

Ione apontou contradições como a atribuição de responsabilidades a gerentes ("gerente é de banco, de padaria", disse) e mencionou a inexistência nos quadros do órgão de museólogos, conservadores e restauradores. Em todo caso, disso, mesmo não havendo recursos, é preciso "trabalhar positivamente".