Publicador de Conteúdos e Mídias

Parlamentares criticam GDF por derrubada de igreja na Vila Planalto

Publicado em 03/10/2017 15h59

A derrubada, pela Agefis, de uma igreja da Assembleia de Deus do Ministério de Madureira, localizada na Vila Planalto, recebeu duras críticas da deputada Celina Leão (PPS), na sessão ordinária desta terça-feira (3). "Quero externar todo o meu repúdio a esse ato promovido pelo governo do Distrito Federal", declarou cobrando do GDF "ao menos, uma notificação". A parlamentar também acusou o governador de "quebrar o acordo firmado com os evangélicos" à época da eleição.

De acordo com Celina, na presença dela e do pastor Daniel de Castro, do PMDB, Rollemberg se comprometeu "a respeitar o segmento, promovendo a regularização dos templos". Sem o apoio dos evangélicos, na avaliação da parlamentar, "ele teria perdido a eleição". Segundo a deputada, como resposta, "nos deparamos com a derrubada da igreja, diante do seu principal líder nacional", o pastor Manoel Ferreira. "Rodrigo Rollemberg faltou com a palavra pois, sem qualquer notificação, autorizou a destruição de um templo", reclamou utilizando o termo "canalha", para qualificar o governador.

O líder do governo, Agaciel Maia (PTC), se solidarizou com a deputada e afirmou que "a derrubada de uma igreja não tem quem consiga defender". Ele contou que vem pleiteando junto ao GDF a descentralização do trabalho de fiscalização, atualmente concentrado na Agefis. Mas, também elogiou os esforços do governo na condução do Distrito Federal, por exemplo, no que se refere ao controle dos gastos públicos.

Notificação – O deputado petista Wasny de Roure também lamentou o ocorrido, principalmente, por envolver "uma figura de expressão no segmento evangélico". O parlamentar observou que a Agefis havia argumentado que a construção era recente e, por isso, a derrubada. "Contudo, se eles acompanham por meio de satélites essas obras, por que não emitir uma notificação e evitar prejuízos maiores?", indagou.

Para o deputado Wellington Luiz (PMDB), se não houvesse uma ordem expressa do governador, a Agefis não teria agido dessa maneira. "Mesmo que a construção não fosse tão antiga, a área estava cedida à igreja há 49 anos", ponderou. O parlamentar também criticou fortemente o ato e classificou a presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, de "psicopata".

Ao retornar de uma reunião, no Palácio do Buriti, com o governador e representantes dos evangélicos, inclusive deputados federais, o deputado Julio Cesar (PRB), relatou que "o setor havia declarado que não iria aceitar situações como essa". Segundo o distrital, "o grupo cobrou o básico: uma notificação" e o governador "assumiu o compromisso". Ele informou ainda que foi criada uma comissão para discutir a situação das igrejas sediadas no DF.

Marco Túlio Alencar
Foto: Carlos Gandra
Comunicação Social - Câmara Legislativa

Mais notícias sobre