Os 50 anos do Sindicato dos Jornalistas são comemorados na Câmara Legislativa
Os 50 anos do Sindicato dos Jornalistas são comemorados na Câmara Legislativa

O Dia da Imprensa, celebrado hoje (1º), e os 50 anos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, foram comemorados nesta sexta-feira em sessão solene realizada no plenário da Câmara Legislativa do DF, por iniciativa do deputado Cláudio Abrantes (PPS), que saudou os jornalistas como "um dos pilares da democracia".
Abrantes reportou-se à saga de Hipolito José da Costa e sua contribuição para o surgimento de uma imprensa crítica e combativa e defendeu a criação de políticas públicas de interesse da profissão, a fim de garantir o atendimento a seus justos pleitos e, sobretudo, sua segurança profissional. O Brasil, afirmou, é o 11º país em assassinatos de jornalistas.
O deputado Chico Vigilante (PT) recapitulou a importância do sindicato e da Federação Nacional dos Jornalista (Fenaj) na "luta por uma cidade que não tinha direito de voz nem de organização sindical". Vigilante lembrou a greve geral dos jornalistas em 1979 que, pela primeira vez deixou a capital sem um único jornal, a não ser o "jornal da greve", editado e distribuído gratuitamente pelos grevistas em todas as bancas.
Dimensionar a importância do jornalista no cenário brasileiro é essencial para definir a contribuição que o profissional oferece à sociedade, segundo o deputado Siqueira Campos (PSC). "Não fosse a ação do jornalista, a quem o político corrupto temeria?", indagou o deputado.
Em suas manifestações, os membros da mesa dos trabalhos abordaram o papel do jornalista sob a perspectiva das atividades que desenvolvem. A secretária de Comunicação do DF, Samantha Sallum, mesmo avisando que passou a maior parte de sua vida profissional dentro das redações, criticou a falta de engajamento dos repórteres que vivem de olho no relógio. "Eu sempre busco os repórteres que têm alma _ e não os repórteres de cera", afirmou.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, Lincoln Macário, respondeu às críticas de Samantha, observando que o profissional deve ter paixão por seu trabalho, mas precisa também ser bem remunerado. Lincoln defendeu a regulamentação do Conselho de Comunicação Social e pediu que a Casa vote o projeto proposto na legislatura passada pela ex-distrital Erika Kokay (PT), determinando a realização de concurso público para a categoria.
O representante dos ex-presidentes do Sindicato, Chico Santana, afirmou que o "sindicato viveu cada momento da cidade desde sua criação, em 2 de julho de 1962, na Escola Classe da 308 sul". Chico listou várias e decisivas frentes de que o sindicato participou, observando que mesmo a Câmara Legislativa foi fruto do embate e determinação de seus membros.
Também se manifestaram, entre outros, Nelson Breve, presidente da Empresa Brasil de Comunicação; Antônio Paulo Santos, primeiro secretário da Fenaj; Tatiusha Brizola, assessora de imprensa da secretaria de Publicidade Institucional do DF.