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Idosos pedem centros de convivência e passe livre aos 60 anos

Publicado em 28/09/2009 13h07
A Câmara Legislativa iniciou suas atividades esta semana com homenagem às pessoas da terceira idade. O Dia do Idoso, celebrado ontem (27), foi tema de sessão solene na manhã desta segunda-feira (28), no plenário da Casa. Proposta pelo deputado Batista das Cooperativas (PRP), Raimundo Ribeiro (em partido) e Eurides Brito (PMDB), líder do governo, que presidiu a sessão. A comemoração foi marcada pela apresentação de demandas do segmento da terceira idade do DF, como a cobrança por centros de convivência em todas as cidades-satélites e o passe livre em ônibus para maiores de 60 anos."Quem não respeita o idoso não merece o meu respeito", afirmou Eurides Brito na abertura da sessão. A distrital lembrou que as pessoas vivem cada vez mais tempo hoje e continuam produtivas, citando o exemplo do arquiteto Oscar Niemeyer, que, aos 102 anos, continua realizando novos projetos.

O deputado Raimundo Ribeiro tratou da questão da discriminação contra as pessoas idosas: "É hora de nosso país dar um basta na discriminação. Desde 88, a Constituição estabelece que isso é mais que injusto, é ilegal". Ele ainda reforçou a necessidade de se assegurar espaços físicos, como centros de convivência, para as pessoas de idade - uma das principais cobranças da representante dos coordenadores e presidentes de Associações e Grupos de Idosos, Gessy Godinho."Muitos se preocupam com as pessoas de terceira idade apenas durante as eleições", criticou o distrital Batista das Cooperativas (PRP). Ele apresentou alguns projetos de sua iniciativa em favor do segmento, como a proposta de priorizar pessoas idosas ou com deficiência na aquisição de imóveis no térreo em programas habitacionais.

O idealizador dos grupos comunitários de terceira idade, João Batista de Medeiros, lembrou os seis anos do Estatuto do Idoso. "Pena que muitos não cumpram a lei", lastimou.

Demandas - "É preciso reduzir de 65 para 60 anos a idade para o benefício do passe livre em ônibus na cidade", pediu Janete de Azevedo, presidente do Conselho dos Direitos do Idoso do DF. Segundo ela, Brasília é uma das poucas unidades federativas do Brasil que ainda restringem o direito para maiores de 65 anos.

Gessy Godinho, representante dos coordenadores e presidentes de Associações e Grupos de Idosos, cobrou ainda a instalação de centros-dia para as pessoas da terceira idade. "Dessa forma, elas poderiam passar o dia nesses lugares e voltar para suas famílias à noite", explicou. Ela pediu também que o governo centralize em apenas uma secretaria as questões dos idosos.

Utilidade pública - No Distrito Federal, vivem quase 200 mil pessoas com mais de 60 anos, de acordo com dados do Censo de 2008. No Brasil, eles são mais de 18 milhões. Em funcionamento há um mês no DF, o Disque-Idoso (0800 64 41 40) já recebeu mais de 100 ligações: 70% das quais denunciavam maus-tratos contra idosos dentro de suas próprias casas. O serviço funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h.

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