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O documentário "RAPensando nas Escolas – Edição Ceilândia" foi lançado no plenário da Câmara Legislativa nesta segunda-feira (20). Realizado pelo Instituto Acesso em parceria com a 14K Produções, o vídeo registra a realização de projeto que atrela elementos da cultura Hip Hop a propósitos educativos em 30 escolas públicas de Ceilândia, além da Unidade de Internação de Santa Maria. A iniciativa alcançou, no último ano, cerca de 25 mil estudantes do ensino fundamental e médio daquela região administrativa.

Criado há cerca de 10 anos, o "RAPensando nas Escolas" utiliza a cultura Hip Hop para trabalhar temas como racismo, bullying, diversidade e violência doméstica, além de atuar para prevenir e combater o uso e o abuso de drogas. Apostando no potencial do rap – manifestação cultural nascida na periferia – para denunciar as injustiças e abordar o cotidiano das localidades menos favorecidas economicamente, o projeto acredita que, ao levar essa linguagem para dentro das escolas, a comunicação com os estudantes pode acontecer de forma mais natural, com menos resistência ou preconceitos.

A iniciativa, conforme explica o coordenador Sidnei Barreto, envolve a realização de palestras, a apresentação de rappers e de dançarinos de "break" – estilo de dança de rua, parte da cultura Hip Hop –, a realização de oficinas, entre outras atividades. Ainda de acordo com Barreto, essas dinâmicas passam pelo conselho pedagógico da Secretaria de Educação antes de chegarem às escolas.

Concluída a execução em Ceilândia, o objetivo é levar o "RAPensando nas Escolas" para outras regiões administrativas. Mas, para isso, são necessários mais recursos também. Nesse sentido, Sidnei Barreto defendeu a importância da destinação de emendas parlamentares para a continuidade do projeto.

Lançamento – A exibição do documentário "RAPensando nas Escolas – Edição Ceilândia" na CLDF foi realizada por iniciativa do deputado Eduardo Pedrosa (PTC). A sessão contou com a presença de colaboradores do projeto, professores e alunos de escolas de Ceilândia.

Da tela para o microfone da tribuna, Emerson Franco – um dos participantes do projeto – destacou o papel da cultura Hip Hop e da educação em sua trajetória pessoal: "Devo tudo ao Hip Hop e à educação. Só a educação gera igualdade social".

O projeto é uma ação do Instituto Acesso, em parceria com a 14K Produções e o apoio das secretarias de Justiça e de Educação do Distrito Federal.

Denise Caputo
Fotos: Silvio Abdon/CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa