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Um dos maiores artistas brasileiros, residente no DF desde os anos 60, Glênio Bianchetti será homenageado pela Câmara Legislativa nesta sexta-feira (23), às 19h, com o título de Cidadão Honorário de Brasília. A solenidade acontece no plenário da Casa.

Nascido em 1928 no Rio Grande do Sul, onde integrou dois importantes grupos de gravura, na sua cidade natal (Bagé) e em Porto Alegre, Bianchetti mudou-se para Brasília em 1962 para participar da formação da UnB, a convite de Darcy Ribeiro.

Na universidade, foi responsável pela organização do Setor Gráfico do Instituto Central de Artes. Com o golpe militar, ele e vários professores foram presos e afastados da UnB. Em 1988, foi readmitido.

O artista e professor colaborou com a criação do Museu de Arte de Brasília no começo dos anos 1970. Dono de uma produção extensa – além de gravuras, faz pinturas, ilustrações, desenhos e tapeçaria –, expôs em várias cidades brasileiras e no exterior.

Em 1999, foi homenageado com uma retrospectiva pelos 50 anos de carreira no Palácio do Itamaraty. Dez anos depois, um documentário dirigido por Renato Barbieri contou a trajetória do artista. E, no ano passado, por ocasião das comemorações dos 50 anos da UnB, foi novamente homenageado.

Glênio Bianchetti é casado com Ailema de Bem Bianchetti, fundadora do Cresça — Centro de Realização Criadora, referência na cidade para jovens que desejavam ingressar no mundo das artes. O casal tem seis filhos.

Título - A concessão do título de Cidadão Honorário de Brasília ao artista foi proposta pelo ex-deputado distrital Wilson Lima, que justificou a homenagem lembrando que Bianchetti figura ao lado de Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Athos Bulcão. A solenidade de hoje foi requerida pelo deputado Wasny de Roure (PT), presidente da Casa.