Garçons cobram os 10% e regulamentação da profissão
Garçons cobram os 10% e regulamentação da profissão

Depois de agradecer a homenagem da Câmara Legislativa, o garçom Severino Caldas lamentou o fato de os estabelecimentos não repassarem para os garçons os 10% que são cobrados, a título de gorjeta.
Além de reclamar dos salários em torno de R$ 583,00, Severino disse que eles chegam a trabalhar 17 horas por dia e só têm direito a descanso nas segundas-feiras, "quando até a Água Mineral está fechada".
Carinho - O garçom Jesus Braz Ferreira, do Armazém do Ferreira, conhecido como "Tampinha", também agradeceu a homenagem recebida e disse que, apesar das dificuldades, os garçons precisam ter "uma relação de carinho" com os clientes, como acontece com ele, onde trabalha.
O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, bares e similares de Brasília (Sindhobar), Clayton Machado, afirmou que os patrões aceitam negociar a reivindicação do repasse dos 10% para os garçons, mas ressalvou que a proposta precisa ser regulamentada no Congresso Nacional. Ele aproveitou para elogiar o crescimento do número de "garçonetes" no comércio local.
"Se os clientes pagam os 10%, os garçons têm que receber os 10%", pregou o deputado Olair Francisco (PTdoB), ao destacar em seu discurso que tem uma "ligação forte" com a categoria, em virtude de sua atuação no comércio varejista. O distrital defendeu ainda que o governo local crie a "Cidade do Garçom", uma reivindicação antiga da categoria.