Futuro procurador-geral do DF quer resolver questões dos condomínios
Futuro procurador-geral do DF quer resolver questões dos condomínios

Galvão disse que a Procuradoria-Geral do DF defende, há bastante tempo, a venda direta dos lotes a seus ocupantes, porque entende que o "valor social se sobrepõe ao valor jurídico". Adiantou, também, em resposta ao presidente da comissão, deputado Rogério Ulysses (PSB), que está avaliando a possibilidade de designar um procurador para atuar junto à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, a fim de ajudar a encaminhar soluções.
O pagamento dos precatórios, direito das minorias, independência da Procuradoria-Geral, relacionamento com o Poder Legislativo, contratos temporários, defesa da água, melhoria da arrecadação e as atribuições que o Tribunal de Contas está chamando a si, no tocante à constitucionalidade das leis, foram abordadas pelos deputados e prontamente respondidas por Marcelo Galvão, que deixou bem claras as suas posições.
Esta última questão foi abordada por Brunelli (DEM), que reconheceu que desde a gestão de Túlio Arantes à frente do posto as relações entre a Procuradoria e o Legislativo melhoraram muito. Galvão disse que pretende designar um procurador para fazer uma ponte permanente com a Câmara Legislativa, buscando soluções rápidas para muitos dos problemas do DF.
Mais de duas dezenas de procuradores, entre eles o próprio Túlio Arantes, que deixa o cargo, compareceram à CCJ para acompanhar a sabatina, e aplaudiram o resultado da votação da comissão, de aprovação do nome do futuro procurador-geral do DF. Gustavo Assis de Oliveira, presidente da Associação dos Procuradores do DF, disse que a categoria está unida em torno do nome de Marcelo Galvão, escolhido pelo governador Arruda entre outros quatro colegas que disputavam o cargo.
Marcelo Lavocat Galvão é filho do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Ilmar Galvão, e é graduado em Direito pela Universidade de Brasília. É mestre em Direito Econômico-Financeiro pela Universidade de São Paulo e ocupou, até o ano passado, o cargo de consultor jurídico do DF, do qual se afastou para concorrer a uma vaga de ministro no Superior Tribunal de Justiça.