Filme vencedor do Troféu Câmara Legislativa sai consagrado do Festival
Filme vencedor do Troféu Câmara Legislativa sai consagrado do Festival

"Branco Sai. Preto Fica", filme dirigido por Adirley Queirós, vencedor do 19º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal na categoria longa-metragem, além de quatro prêmios técnicos (veja lista completa abaixo), saiu consagrado da 47ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com um total de 11 estatuetas – cinco da Câmara, três da competição oficial e outras três especiais. A produção acabou com um jejum de 20 anos sem que nenhum diretor brasiliense ganhasse o prêmio principal do festival. Os vencedores, que além dos troféus recebem premiação em dinheiro, foram conhecidos na noite desta terça-feira (23).
Antes de Adirley, o último vencedor brasiliense do principal prêmio do festival havia sido André Luiz Oliveira ("Louco por Cinema"), que viu seu novo filme – "Zirig Dum Brasília - A Arte e o Sonho de Renato Matos" – arrebatar, na cerimônia de encerramento, o Troféu Câmara Legislativa nas categorias de melhor direção e melhor trilha sonora, pelo júri oficial, além do prêmio de melhor longa do júri popular. O filme recebeu ainda dois prêmios especiais: o Marco Antônio Guimarães, dos pesquisadores de cinema; e o Troféu Conterrâneos, concedido pela Fundação Cine Memória (Vladimir Carvalho) ao melhor documentário.
"Crônicas de uma cidade inventada", de Luísa Caetano, foi escolhido pelo júri oficial do Troféu Câmara Legislativa como o melhor curta-metragem. O filme, que também participou da mostra oficial, competindo com produções de várias partes do País, recebeu o Troféu Candango do júri popular, formado pelo público que compareceu ao Festival de Brasília.
Júri popular - Pela terceira vez consecutiva, um filme dirigido por Fáuston da Silva – desta vez "Ácido Acético" – vence na categoria melhor curta-metragem pelo júri popular. Ao subir ao palco para agradecer, o diretor, que é responsável pelo roteiro do filme – também vencedor do troféu – agradeceu à Câmara Legislativa que "tem feito com que os realizadores de Brasília não desistam de fazer cinema". Fáuston dedicou o prêmio de roteiro ao ator Andrade Jr., que o acompanha em suas produções, e brincou: "O troféu vai pra ele, mas os R$ 6 mil não", referindo-se ao valor do prêmio das categorias técnicas.
O rapper Marquim do Tropa, de "Branco Sai. Preto Fica", recebeu o Troféu Câmara de melhor ator – premiação que se repetiu na mostra principal; a melhor atriz foi Klarah Lobato, do filme "Querido Capricórnio", dirigido por Amanda Devulsky; Dani Azul recebeu o prêmio pela fotografia de "Meio Fio", de Denise Vieira. O troféu de direção de arte foi dado a Luiz Fernando Skopein, pelo curta "À Mão Armada", única animação selecionada para a competição.
Os demais prêmios técnicos do Troféu Câmara Legislativa foram entregues a integrantes da equipe de "Branco Sai. Preto Fica": melhor montagem, Guille Martins; edição de som, Guille Martins e Camila Machado; e captação de som direto, Francisco Craesmeyer.
Prêmios em parceria - Os filmes vencedores nas categorias melhor longa-metragem e melhor curta-metragem, pelo júri popular, também receberam o Prêmio CiaRIO: no valor de R$ 15 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa Moviecenter, e de R$ 7 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa Naymar.
O júri oficial que escolheu os vencedores do Troféu Câmara Legislativa – entre as produções exibidas na Mostra Brasília – foi integrado pela atriz Marcélia Cartaxo que, entre outras premiações no Brasil e no exterior, recebeu o Troféu Candango em três edições do Festival de Brasília, sendo o primeiro por seu papel de Macabéa no filme "A Hora da Estrela" (Suzana Amaral) em 1985; a jornalista e pesquisadora de cinema Maria do Rosário Caetano, com vários livros publicados e participação em diversos júris de festivais de cinema; e o jornalista e cineasta Sérgio Bazi, que tem importante atuação na crítica cinematográfica do DF.
TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA DO DF
Branco Sai. Preto Fica, de Adirley Queirós
Melhor longa-metragem (R$ 80 mil)
Melhor ator – Marquim do Tropa (R$ 6 mil)
Melhor montagem – Guille Martins (R$ 6 mil)
Melhor edição de som – Guille Martins e Camila Machado (R$ 6 mil)
Melhor captação de som direto – Francisco Craesmeyer (R$ 6 mil)
Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos, de André Luiz Oliveira
Melhor direção (R$ 6 mil)
Melhor trilha sonora – Renato Matos (R$ 6 mil)
Melhor longa-metragem pelo júri popular (R$ 20 mil)
Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano
Melhor curta-metragem (R$ 30 mil)
Ácido Acético, de Fáuston da Silva
Melhor roteiro – Fáuston da Silva (R$ 6 mil)
Melhor curta-metragem pelo júri popular (R$ 10 mil)
Querido Capricórnio, de Amanda Devulsky
Melhor atriz – Klarah Lobato (R$ 6 mil)
Meio Fio, de Denise Vieira
Melhor fotografia – Dani Azul (R$ 6 mil)
À Mão Armada, de Afonso Serpa
Melhor direção de arte – Luiz Fernando Skopein (R$ 6 mil)