Exposição na CLDF dá visibilidade às mulheres invisíveis
Exposição na CLDF dá visibilidade às mulheres invisíveis

Dar visibilidade às invisíveis. Foi esta a ideia que motivou o trio de fotógrafos Mariana Almada, Jô Gonçalves e Christoph Diewald a realizar a exposição "A minha, a sua... a nossa história!", que retrata mulheres de várias localidades, cores e sotaques diferentes. A mostra permanece em cartaz no foyer do Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal até o final do mês.
Inaugurada junto à comissão geral da CLDF para debater o machismo institucional, nesta quinta-feira (21), a exposição apresenta fotografias em vários formatos que podem ser lidas de muitas maneiras. Questões do universo feminino, como empoderamento, as lutas, a fé e o próprio cotidiano, estão na mira dos fotógrafos. Sem esquecer da necessidade de interação que deve haver entre homens e mulheres na conquista da igualdade.
"É como se as mulheres das fotos quisessem nos dizer: eu estou aqui, eu existo", observa a brasiliense Mariana Almada, que coordenou a mostra. No seu trabalho, ela busca, entre outros aspectos, tratar das mudanças em curso no planeta, a imagem e seus desdobramentos, o ser humano e suas expectativas.
Para Jô Gonçalves, médica paraibana que residiu muitos anos em Brasília, onde integra o Candango Fotoclube, "é possível focar a exposição sob vários recortes". A fotógrafa observa a pertinência entre o tema do debate na CLDF – machismo institucional – e a exposição: "É uma atitude que pode ser presenciada em qualquer situação". Na próxima semana, ela lança seu primeiro livro – com fotografias que fez na Ucrânia – no Foto em Pauta, o festival de fotografia de Tiradentes (MG).
E o que tem a dizer o representante masculino do grupo, Christoph Diewald? Alemão que reside há 25 anos no DF, onde trabalhou em projetos relacionados ao meio ambiente e biodiversidade, teve a oportunidade de viajar pelo país e conhecer diversas comunidades tradicionais e indígenas, cujas mulheres são retratadas nas fotos. Para ele, chamou a atenção que, na hora do clique, "as mulheres não se esquivavam, queriam ser fotografadas, serem vistas".
Marco Túlio Alencar
Fotos: Carlos Gandra/CLDF
Coordenadoria de Comunicação Social