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Indignação. Esse foi o sentimento manifestado por deputados distritais que ocuparam a tribuna da Câmara Legislativa na sessão ordinária desta quarta-feira (10) em relação à declaração do deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ), feita ontem no Congresso Nacional, de que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT/RS) porque ela "não merecia".

A líder do governo, deputada Arlete Sampaio (PT), foi a primeira manifestar revolta contra a atitude do parlamentar fluminense. "Não é a primeira vez que esse deputado que representa a direita golpista faz ataques machistas contra uma parlamentar na Câmara Legislativa. Ele precisa ser denunciado à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados para que possa ser punido por sua agressão", exortou a deputada, ao propor que ele seja cassado.

Também o deputado Chico Leite (PT) considerou a atitude de Bolsonaro não apenas um ataque injustificado a uma colega parlamentar, mas a toda a instituição do Legislativo". Para Leite, aquele deputado agiu com "desfaçatez" e "desrespeito" e deveria receber uma resposta dos colegas à altura da agressão praticada. "Não podemos admitir atitudes como aquela, que contraria toda a nossa luta em defesa dos direitos da mulher", enfatizou.

"É com muita preocupação que a gente vê no País o ressurgimento de uma direita radical, que prega o preconceito e a violência, como ocorre com o deputado Bolsonaro. E o pior é que muitos dos nossos jovens acabam se deixando influenciar por ideias golpistas e conservadoras, pois parlamentares como ele acabam ganhando destaque na mídia", lamentou o deputado Prof. Israel Batista (PV).