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Distritais discutem denúncias de fraude na licitação do transporte público do DF

Publicado em 01/08/2013 14h26

O retorno dos deputados distritais ao plenário da Câmara Legislativa foi marcado por debates acalorados sobre supostas denúncias de fraude na licitação do transporte coletivo do Distrito Federal. Após elogios do líder da bancada do PT-PRB, deputado Chico Vigilante (PT), ao GDF, por renovar toda a frota de ônibus até dezembro, Celina Leão (PSD) chamou a licitação de "um golpe" que, segundo ela, acarretará milhões em prejuízo para o governo local.

Em seu pronunciamento, o petista relatou a recente entrega de 106 micro-ônibus para o transporte escolar e comentou que "apesar de alguns dizerem que houve irregularidades na licitação, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) vem atestando a legalidade do processo licitatório". Vigilante ainda completou: "O governo enfrentou 190 ações e agora começa a mudança efetiva no transporte público do DF".

Já a deputada Celina Leão apresentou documentos que comprovariam que o advogado Sacha Reck, que trabalhou na habilitação das empresas que participaram da licitação, advoga também para várias empresas vencedoras do certame. A distrital ainda desmentiu o secretário de Transportes, José Walter Vazquez, que teria repassado informações equivocadas aos parlamentares durante sua participação em audiência pública da Comissão Especial de Transporte da Câmara Legislativa, em junho deste ano.

"O secretário disse que o Sasha Reck era um consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Mentira. O próprio BID desmente nesse documento. Disse também que a OAB foi consultada durante a licitação. Mentiu para nós", afirmou a distrital.

Após as palavras de Celina Leão, Vigilante voltou à tribuna e afirmou que o "governo não tem compromisso com os tubarões do transporte coletivo do DF" e que o secretário de Transportes  "merece respeito por ter enfrentado o crime organizado".  "Todas as denúncias caíram no STJ", comentou o distrital.

Prejuízo - Em resposta, Celina Leão observou que as empresas venceram a licitação com propostas de salário para motorista abaixo do piso da categoria e disse que a diferença vai ser paga pelo GDF. "Essa licitação é uma fraude e trará prejuízos para a população. Todas as empresas vencedoras concorreram com o preço máximo, pois tinham certeza de que iriam ganhar", defendeu a deputada.

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