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Distritais avaliam saldo da partida entre Santos e Flamengo no Mané Garrincha

Publicado em 28/05/2013 14h51

A partida entre Santos e Flamengo, no Estádio Mané Garrincha no último domingo (26), gerou uma arrecadação recorde no futebol brasileiro, de R$ 6,9 milhões, e foi alvo de diferentes análises por parte dos deputados distritais durante a sessão ordinária desta terça-feira (28). Em plenário, os pronunciamentos dividiram-se entre os que consideram o jogo um sinal de que a obra vai atrair recursos para o Distrito Federal e aqueles que a vêem como "desperdício de dinheiro público e exemplo de má gestão".

A líder do governo, deputada Arlete Sampaio (PT), iniciou a discussão ao relatar o orgulho que sentiu ao ver imagens belíssimas do estádio e da Capital serem veiculadas para todo Brasil. "É um estádio belo e grandioso, que vai levar Brasília ao conhecimento das pessoas. Esse recorde de renda é uma mostra de como o estádio vai ampliar o turismo na nossa capital", comentou a distrital.

Agaciel Maia (PTC), que foi o relator das matérias que trataram dos investimentos para a construção do estádio na Comissão de Economia Orçamento e Finanças, relembrou as diversas críticas recebidas, pela dimensão da obra, que já custou mais de R$ 1 bilhão. "As grandes obras sempre são sempre criticadas, lembre-se da Ponte JK. Eventos com mais de 60 mil pessoas no Mané Garrincha trazem cerca de R$ 12,9 milhões para o DF", contabilizou o deputado, que comentou o "retorno de mídia" que a cidade terá com sua participação em grandes eventos esportivos internacionais.

Críticas – Deputados de oposição cobraram mais transparência sobre os valores pagos pela locação do Estádio Mané Garrincha e criticaram o alto valor dos ingressos cobrados para a partida. A entrada mais barata custou R$ 160,00. Celina Leão (PSD) destacou que uma das justificativas para o investimento público no estádio era que a arena iria se pagar. "Como pode um evento desses gerar quase R$ 6,9 milhões de lucro e somente R$ 4 mil entrarem nos cofres públicos", indagou.

Já Eliana Pedrosa (PSD) se disse perplexa com os valores dos ingressos, segundo ela o dobro do preço do cobrado para o amistoso Brasil e Inglaterra, que vai inaugurar o Maracanã no domingo (1°/6). "Protocolei representação junto ao Procon-DF e ao Ministério Público contra os preços abusivos. Destaco ainda que não houve arrecadação de impostos na venda de ingressos para essa partida", salientou a distrital.

Em resposta aos discursos das parlamentares, Chico Vigilante (PT) chamou a oposição de "desinformada" e explicou que após o estádio deixar de ser gerido pela FIFA, o GDF vai enviar à Câmara Legislativa um projeto de lei "moderno" para regulamentar a utilização do Mané Garrincha. "No show da Beyoncé, por exemplo, haverá pagamento de taxa de ocupação. Já com relação aos preços dos ingressos, quem decide são os clubes", explicou Vigilante.

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