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Dia da padroeira do Brasil é celebrado em sessão solene

Publicado em 06/10/2023 11h55

Foto: Eurico Eduardo/Agência CLDF

O Dia de Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro) foi celebrado na Câmara Legislativa do Distrito em sessão solene na manhã desta sexta-feira (6). Iniciativa dos deputados Wellington Luiz (MDB) e João Cardoso (Avante), a solenidade prestou homenagem, em meio a orações e citações de passagens bíblicas, à padroeira de Brasília e do Brasil.

O presidente da CLDF, Wellington Luiz, destacou que a comemoração da data já é uma “tradição” na Casa – iniciada, segundo informou, pelo ex-distrital Rôney Nemer. “Dei continuidade a essa iniciativa que muito nos orgulha”, afirmou.

Presidente da Frente Parlamentar Católica, João Cardoso, disse usar sempre um broche com a imagem da Virgem Maria. Emocionado, ele lembrou sua entrada na política a partir de um “sinal” recebido de Nossa Senhora Aparecida.

Sobre o broche da padroeira usado pelos dois distritais, o pároco da Catedral Metropolitana de Brasília, Agenor Vieira de Brito, interpretou: “Sobre o seu coração há um outro coração que vai à frente, cuidando de tudo, que é Nossa Senhora”. Ele contou que, assim como Cardoso, a “mãezinha Aparecida” lhe enviou um sinal quando hesitou sobre a continuidade dos estudos no seminário.

 

 

Por sua vez, o bispo auxiliar de Brasília, Dom Antônio Aparecido, narrou a história da imagem da santa que teria sido encontrada por três pescadores em 1717, no rio Paraíba do Sul. “No Brasil, ela quis aparecer na cor dos que mais sofriam”, destacou, em referência à negritude da imagem. “Nossa Senhora Aparecida é uma figura icônica na história religiosa e cultural do Brasil, sua devoção transcende barreiras geográficas e culturais, unindo brasileiros de todas a origens numa fé compartilhada”, defendeu.

Única mulher sentada à mesa da celebração, a reverenda da congregação das irmãs salesianas, Irmã Elizabeth, homenageou a santa dizendo: “Celebrar a Virgem é celebrar a ternura de Deus. Com ela aprendemos a escutar, a acolher e a nos colocar à disposição de Deus”.

Ao prestar sua homenagem à padroeira, o coordenador da Vila Pequenino Jesus, Jorge Eduardo Deister (conhecido como Jorginho), pregou contra o aborto e informou que a instituição “adotou” 81 pessoas com deficiência. Ele agradeceu emenda parlamentar de João Cardoso para a aquisição de insumos para a fabricação de fraldas e a destinação de recursos, pelo deputado Wellington Luiz, para compra de remédios.

Estado laico

 

 

“O Estado é laico, mas as pessoas não são”, defendeu o ex-distrital e presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Rôney Nemer, destacando ter comemorado o Dia de Nossa Senhora Aparecida em todos os seus três mandatos na CLDF e, também, quando esteve na Câmara dos Deputados. “Muitos criticam esta sessão solene”, disse, acrescentando: “A igreja faz trabalho social, tem braços que alcançam pessoas em todos os lugares”.

O também ex-distrital Raimundo Ribeiro, atualmente à frente da Adasa, parabenizou o que chamou de “coragem subversiva” dos deputados que propuseram a homenagem. “Digo ‘subversiva’ porque, hoje, defender Nossa Senhora, defender o cristianismo, é subversivo. O Brasil hoje vive isso”, avaliou. 

 

 

Ao final da solenidade, João Cardoso presentou Wellington Luiz com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. O presente foi entregue pela Irmã Elizabeth. “Vou usar essa imagem em todas as solenidades que eu presidir”, disse o presidente da Casa, em agradecimento.

Denise Caputo - Agência CLDF