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A necessidade de o Brasil investir mais em pesquisas científicas para garantir um desenvolvimento econômico sustentável foi defendida por conferencistas que participaram na manhã desta terça-feira (15) do debate sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável, no terceiro dia da 12ª assembleia geral da Confederação Parlamentar das Américas (Copa). O evento reúne parlamentares de diversos países do continente até amanhã no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Ao anunciar que iria colocar "pimenta" na discussão, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), mediador do debate, enfatizou ser preciso no Brasil, assim como na maioria dos países americanos, "ampliar os investimentos em pesquisas" a fim de possibilitar o aumento na produtividade de alimentos, com matrizes diferentes das atuais. "No Brasil, investem-se 1.545 vezes menos nessas pesquisas do que nos Estados Unidos", lamentou o senador. Segundo ressaltou, a questão do desenvolvimento sustentável deixou de ser uma discussão voltada para o futuro. "Deve ser uma prioridade do presente",  pregou.

Rodrigues defendeu que o País possui um grande potencial de energia solar e eólica, fontes alternativas capazes de garantir crescimento econômico com respeito à preservação do meio ambiente. Ele criticou a política de abertura de grandes estradas na Amazônia,  sugerindo que o governo deveria investir na infraestrutura do transporte fluvial naquela região. Também criticou o avanço do desmatamento na floresta amazônica. "De agosto de 2012 a janeiro de 2013 houve 103% de ampliação de áreas devastadas", advertiu.

Biodiesel – A utilização progressiva de biodiesel no Brasil, a fim de suprir a demanda crescente por combustíveis, foi defendida pelo ex-ministro e representante da Associação Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Odacir Klein, como um dos desafios a serem enfrentados na gestão dos recursos energéticos, sob a perspectiva de maior proteção do meio ambiente.

Klein defendeu, em sua palestra, que "o desenvolvimento é que satisfaz as necessidades do presente", ao sustentar que a expansão urbana no Brasil torna a questão do desenvolvimento sustentável uma das preocupações governamentais mais complexas. Ele também pregou a importância de as pesquisas serem incentivadas em apoio à expansão da produção de alimentos, com estímulos à assistência técnica e a extensão rural. "Precisamos desenvolver as práticas modernizantes também no agronegócio", propôs.