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Deputados reagem a matéria de jornal local sobre liberação do Uber

Publicado em 23/06/2016 14h59

No dia seguinte à votação em primeiro turno do projeto que regulamenta o serviço de transporte individual por meio de aplicativos, como o Uber, a sessão da Câmara Legislativa foi marcada por reações a uma matéria publicada no Jornal de Brasília nesta quinta-feira (23). O texto afirma que, nos bastidores, os 12 deputados que votaram pela limitação do número de prestadores de serviço pelo Uber estariam interessados em negociar com a empresa, em troca de voto, apoio a suas campanhas.

"Estão atacando a honra e a dignidade de pessoas. O ‘patife' que passou a informação para a jornalista deve assumir", disse o deputado Chico Vigilante (PT), que defendeu a investigação do caso.

Já o deputado Bispo Renato Andrade (PR) responsabilizou a jornalista pela publicação da matéria. "Pode ser fofoca. A jornalista é responsável pelo que escreve. Se ela ouviu só um dos lados, tem de citar a fonte", justificou. Ele ainda afirmou que, se um deputado recebe propina para votar um projeto de lei, ele tem de ser cassado.

O líder do governo na Casa, deputado Júlio César (PRB), contou ter ligado para a jornalista para tratar da matéria. "Ela afrontou o limite do bom senso. Não podemos viver de insinuações", disse. Por sua vez, o deputado Roosevelt Vilela (PSB) classificou o caso como "incapacidade de fazer um jornalismo correto".

Limitação ao Uber – O deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) prestou solidariedade aos colegas relacionados na matéria do Jornal de Brasília, mas preferiu dedicar seu pronunciamento ao debate da limitação da quantidade de prestadores de serviço pelo Uber. "A limitação acaba com os aplicativos e favorece uma classe, e não estou interessado em favorecer taxistas nem ‘uberistas', mas a sociedade", afirmou.

A presidente da Casa, deputada Celina Leão (PPS), também se pronunciou sobre a limitação: "O mercado tem de ser regulado com autonomia. O Poder Executivo se absteve com relação à matéria, por que nós teríamos de impor um limite?".

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