Deputados não poderão optar por salário de outro órgão
Deputados não poderão optar por salário de outro órgão

A proposta foi aprovada com 21 votos favoráveis, as abstenções dos deputados Agaciel Maia (PTC) e Chico Leite (PT) e a ausência do deputado Benedito Domingos (PP). Atualmente, a proposta afeta somente o deputado Chico Leite, que recebia salário do Ministério Público como promotor de Justiça.
Chico Leite explicou que desde que assumiu o seu primeiro mandato, em 2003, optou por continuar recebendo seu salário de promotor por considerar que "exercer cargo político não é profissão".
O deputado Wasny de Roure (PT) defendeu a proposta e disse que a regra já é respeitada na Câmara dos Deputados, mas reconheceu que os servidores públicos quando voltam aos seus órgãos após exercer um mandato político são prejudicados.
Agaciel Maia, que está no final da carreira de consultor do Senado, também argumentou que os deputados são prejudicados, pois pagam a previdência com base no salário maior e recebem menos do que se estivessem nos seus órgãos de origem. Na mesma linha, Dr. Michel (PSL) admitiu que ganha menos para atuar como parlamentar.
Já o deputado Chico Vigilante (PT) ressaltou que o debate é uma possibilidade para mostrar que há várias carreiras de servidores que ganham mais do que os deputados. "Essa discussão está contaminada porque ser político hoje virou sinônimo de gente que não presta", ressaltou.
A deputada Eliana Pedrosa (PSD) destacou que o projeto promoverá uma isonomia na Câmara Legislativa. "Ninguém ganhará mais do que ninguém e todos terão os mesmos direitos e deveres", justificou.