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DEM e PSDB entregam pedido de impeachment contra Agnelo Queiroz

Publicado em 09/11/2011 15h30
Os partidos políticos Democratas (DEM) e PSDB protocolaram na presidência da Câmara Legislativa dois pedidos de impeachment contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), na tarde desta quarta-feira (09). O presidente regional do DEM, Alberto Fraga, o presidente regional em exercício do PSDB, Raimundo Ribeiro, e o advogado Rogério Pereira também entregaram pedidos individuais de investigação contra o governador, totalizando cinco pedidos de impeachment.

Após protocolada a documentação, seguiu-se uma entrevista coletiva para que ambos os partidos explicassem suas intenções. Participaram da conversa os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Agripino Maia (DEM-RN), Alvaro Dias (PSDB-PR), os deputados federais Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e os distritais Raad (DEM), Celina Leão (PSD) e Liliane Roriz (PSD).

Segundo explicou Alberto Fraga, os pedidos de impeachment trazem uma cronologia de indícios de crimes supostamente cometidos pelo governador, desde que era Ministro do Esporte, passando por sua atuação como diretor da Anvisa e como chefe do Executivo do Distrito Federal.
 "O governador continua beneficiando seus parceiros de crime, agora com a máquina estatal. Ele não apresenta nem a sua declaração de imposto de renda e vem dizer que a oposição é uma organização criminosa", destacou Fraga.

Já Raimundo Ribeiro disse que a entrega dos pedidos de impeachment não é uma ação político-partidária, mas um ato em defesa da legalidade no Distrito Federal. "O governador não tem a menor condição de continuar no cargo. Aparelhou a polícia e mente descaradamente.
 Disse que não conhecia seu acusador e depois admite que ele é um amigo de longa data", criticou.
  Os cinco pedidos de impeachment protocolados na presidência serão encaminhados à Procuradoria da Câmara Legislativa, que fará a análise do cumprimento dos requistos jurídicos para que os documentos continuem a tramitar na Casa.
 Não havendo vícios formais, os pedidos serão enviados à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pode solicitar a criação de uma Comissão Especial para apreciar os pedidos de impeachmet, que, por fim, devem ser votados em plenário.

Distritais – Durante a coletiva, a deputada Celina Leão destacou a importância de abrir uma CPI para investigar as denúncias contra Agnelo e de acatar os pedidos de impeachment. A parlamentar também se disse perplexa com a mudança no teor dos depoimentos de Daniel Tavares, testemunha que acusou o governador Agneo de receber propina quando foi diretor da Anvisa. Ontem, em vídeo exibido pela TV Record, Tavares afirmou que sua versão havia sido comprada pela oposição. "Como alguém pode mudar de opinião em 24h? Eu suspeito de compra de testemunha", disse Celina.

A deputada Liliane Roriz alertou sobre uma "blindagem" a Agnelo. "Hoje tentei aprovar um requerimento para ouvir os secretários Paulo Tadeu, Rafael Barbosa e o denunciante de irregularidades na ONG Segundo Tempo, João Dias. Porém meus colegas da base do governo votaram contra", lamentou Liliane.

Uníco Deputado do Democratas na Câmara Legislativa, Raad disse ter certeza que "nada será engavetado na Casa" e que os pedidos de impeachment são uma "oportunidade para que a população possa saber tudo que está acontecendo. "Aqui nada será abafado. Tudo será tratado com a maior transparência", garantiu.

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