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Comunidades terapêuticas cobram recursos para tratamento de dependentes químicos

Publicado em 11/08/2011 18h42
Entidades que atuam no tratamento de dependentes químicos no DF aproveitaram a comissão geral da Câmara Legislativa, realizada nesta quinta-feira (11), no Plenário, para defender a destinação de recursos para a terapia de jovens viciados em álcool, maconha, crack e outras drogas. A iniciativa do debate foi da deputada Celina Leão (PMN) e atraiu dezenas de pessoas ligadas ao combate às drogas, como ex-viciados, familiares, além de parlamentares e representantes do governo.

Ao defender o debate na sociedade sobre as dificuldades enfrentadas pelas entidades, como as comunidades terapêuticas, Celina Leão defendeu maior atenção do governo aos problemas das pessoas usuárias de drogas, ressaltando que vários deputados distritais estão empenhados em buscar soluções para a questão. "Queremos ouvir vocês para ajudá-los nessa luta", ressaltou.

O vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Dr. Michel (PSL), fez um relato da sua trajetória como ex-delegado de polícia, lembrando, por exemplo, que quando atuava em Sobradinho II foi obrigado a fazer muitas prisões de jovens viciados porque cumpria o que determinava a lei. "Hoje estou aqui para brigar por essas pessoas que não tiveram oportunidade de mudar de vida e de receber um tratamento digno", declarou.

O deputado Prof. Israel Batista (PDT) lamentou o avanço do uso de drogas entre os jovens, mesmo aquelas que são consideradas leves, enfatizando que eles acabam "entrando num caminho sem volta".
 Ele criticou ainda o fato de as escolas serem o local onde os jovens geralmente fazem o primeiro contato com as drogas.

O deputado Agaciel Macia (PTC) disse que uma das alternativas para se tirar  os jovens das ruas no DF seria a adoção de programa de estágio para jovens estudantes. Já Wellington Luiz (PSC) pregou a necessidade de o governo fazer investimentos bem mais altos do que vem fazendo atualmente. "Não temos alternativas", advertiu.

A presidente da Casa de Recuperação Mulheres de Deus, Maria Lúcia Pereira, foi uma das representantes das comunidades terapêuticas que defendeu maiores investimentos por parte do governo, para a manutenção daquelas entidades. "Enfrentamos muitas dificuldades para realizar o nosso trabalho", apelou.

Governo - Ao defender que o atual governo é o que está investindo mais no combate às drogas, o secretário de Justiça do DF, Alírio Neto, anunciou que o governador Agnelo encaminhou à Câmara Legislativa proposta para destinação de R$ 2,6 milhões no orçamento deste ano que garantiriam a abertura de 250 vagas para tratamento destinadas às comunidades terapêuticas.

O secretário de Segurança, Sandro Avelar, disse que veio à Câmara Legislativa pregar uma "mensagem de otimismo". Ele destacou que a atuação da polícia  e do governo "deve estar voltada não apenas à repressão dos traficantes perniciosos, mas também ao apoio do usuário fragilizado.

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