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Comissão aprova recondução de João Carlos Teixeira ao cargo de ouvidor da Adasa

Publicado em 04/10/2017 10h15

Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (4), a comissão de Meio Ambiente da Câmara Legislativa aprovou a recondução de João Carlos Teixeira ao cargo de ouvidor da agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), com mandato de dois anos.

O presidente da comissão, deputado Bispo Renato Andrade (PR), questionou o ouvidor da Adasa sobre as medidas adotadas pela agência para enfrentamento da crise hídrica que afeta Distrito Federal nos últimos anos e sobre as críticas dos ambientalistas quanto à captação emergencial de água do lago Paranoá.

Teixeira explicou que, em razão da mudança climática, estão ocorrendo crises hídricas em todo o mundo. No caso do Distrito Federal, segundo ele, não se imaginava até pouco tempo que a população fosse afetada por um período tão acentuado de seca. Em razão disso, a agência tem procurado colocar em prática programas voltados para a conscientização da população sobre o uso consciente da água e redução do consumo, além de projetos de educação ambiental nas escolas, que incluem premiações em concursos de redação sobre temas ligados à água.

Fórum - Com relação ao Fórum Mundial da Água, que acontecerá em Brasília, em março de 2018, João Carlos Teixeira, disse que a Adasa tem buscado incentivar a participação da população no evento, para o qual estão sendo aguardadas 35 mil pessoas. Segundo ele, a agência tem feito contatos com especialistas e representantes de diversos segmentos ligados ao tema, incluindo os deputados distritais, para troca de informações e busca de soluções quanto às questões que envolvem a escassez de água.

Aproveitando a presença de Teixeira e de representantes do governo na Câmara Legislativa, o deputado Bispo Renato sugeriu ao Executivo que promova, o quanto antes, a regularização dos condomínios, medida que, de acordo com ele, servirá para reduzir o desperdício de água por meio do combate às ligações clandestinas. Por outro lado, pediu o fim da política de demolição de moradias em áreas irregulares e a implantação de ações preventivas e eficazes para evitar, com a devida antecedência, a proliferação de invasões de terras públicas, que tanto impacto têm trazido no que diz respeito ao abastecimento de água e à arrecadação de taxas pelo governo.

O relator da Comissão de Meio Ambiente, deputado Cristiano Araújo (PSD), afirmou que a Adasa tem uma missão muito importante no auge da crise hídrica que afeta todo o DF, uma vez que água é "vital" para a população, assim como saúde e educação. Colocou-se à disposição da agência na busca de soluções para amenizar os efeitos da crise hídrica em Brasília.

Os deputados Chico Leite (Rede) e Juarezão (PSB) também elogiaram a atuação de João Carlos Teixeira à frente da Ouvidoria da Adasa e se colocaram à disposição da agência para o enfrentamento dos problemas ligados à escassez de água no DF.

Abastecimento - Os principais reservatórios que abastecem hidricamente o Distrito Federal fecharam o mês de setembro acima da meta prevista. Mesmo registrando os piores níveis da história, Descoberto encerrou o mês com 17,4% - a previsão era de 14% -, enquanto Santa Maria registrou 29,2%, acima dos 26% tido como nível mínimo aceitável no período. As previsões foram feitas pela Curva de Acompanhamento da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).

Outro alívio à crise hídrica foi entregue na segunda-feira (2), quando o GDF do inaugurou a captação emergencial de água do Lago Paranoá. Após cinco meses de trabalho, o subsistema entregará até 700 litros de água por segundo, utilizados para abastecer Lago Norte, Paranoá, Itapoã, Taquari.

Mesmo com essas ações, A Caesb afirma que a situação ainda não é confortável. Para o fim de outubro, a meta da Adasa é manter os reservatórios do Descoberto e de Santa Maria acima de 9% e 23%, respectivamente. 

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