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Sob muita tensão e depois de debates acalorados em plenário, os deputados distritais aprovaram hoje, em sessão extraordinária dentro do projeto "A Câmara mais perto de Você", a indicação do engenheiro Domingos Lamoglia para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal.

Foram 17 votos favoráveis ao parecer da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), ao projeto de decreto legislativo 393/09, que tratava da indicação de Lamoglia. Em protesto, a bancada do PT obstruiu a votação e deixou o plenário. O deputado Reguffe (PDT) absteve-se. E a distital Eliana Pedrosa também se ausentou durante a votação.

A eleição de Lamoglia aconteceu logo depois que a deputada Eliana Pedrosa (DEM) anunciou a retirada da sua candidatura, quando iria começar o processo de votação. Ela recebeu inclusive um manifesto escrito da bancada governista para que desistisse da disputa comm o chefe de gabinete do governador Arruda. O apelo foi reforçado pelo presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM). "A vida pública não pode perder uma deputada distrital da sua qualidade", enfatizou.
 Emocionada, Eliana Pedrosa fez um desabafo em plenário antes do início da votação.
 Aplaudida por dezenas de simpatizantes, a deputada disse que jamais aceitaria ser vendida. "O meu preço é o da minha família", ressaltou. E afirmou que se o governador tivesse tentado comprá-la iria perder a sua liderança.
 Protestos - Ao anunciar a obstrução da bancada do PT, a líder Erika Kokay criticou o "açodamento" do processo de votação e "as pressões" do governador Arruda sobre os deputados distritais. O petista Paulo Tadeu pediu o adiamento da votação, alegando que a população de Santa Maria estaria sendo impedida de discutir os problemas da cidade, dentro do projeto "A Câmara mais perto de Você".

O deputado Reguffe (PDT) justificou a sua abstenção na votação, afirmando que é contrário à indicação política para conselheiro do TCDF e favorável à realização de concurso público para o cargo. "Como pode uma pessoa indicada pelo governador analisar as suas contas?" - condenou.

Em defesa da legalidade do rito da votação, a deputada Eurides Brito (PMDB) ressaltou que a  aprovação do nome de Lamoglia em plenário obedeceu à legislação, sendo observadas todas as normas constitucionais. "O que fizemos aqui foi a vivência da democracia", afirmou.