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A Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou na tarde desta segunda-feira (28) audiência pública a fim de debater o alcoolismo entre crianças e adolescentes da capital Federal. O evento, de iniciativa do deputado distrital Claudio Abrantes (Rede), trouxe ao auditório da Casa, especialistas, professores e alunos pré-adolescentes e adolescentes.

Claudio Abrantes enfatiza que trazer o tema para o debate tem como objetivo chamar atenção para o aumento desenfreado do consumo de álcool entre crianças e adolescentes, que vem gerando um problema não só individual, como para toda sociedade. O deputado também destacou o consequente crescimento de demandas ao sistema de justiça na área criminal e civil. "Mais do que um mero problema individual, o abuso do álcool tornou-se, ao longo dos anos, uma verdadeira ferida aberta na sociedade", comentou o parlamentar.

A subsecretária de Políticas e Proteção da Criança e do Adolescente, Veruska Alves, explicou que o CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do SUS, referência no tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e persistentes e demais quadros que justifiquem sua permanência num dispositivo de atenção diária, personalizado e promotor da vida. Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, álcool e drogas (CAPSad) e infantojuvenil (CAPSi). "O CAPS já faz este trabalho de combate ao uso abusivo de álcool e precisamos ampliar essa discussão, uma vez que já existe uma política nacional sobre o assunto" afirmou Veruska.

A médica clínica Marina Célia Meccheri Caparelli alertou os pais e educadores que os jovens estão bebendo mais e cada vez mais cedo, o que aumenta o risco de boa parte da juventude desenvolver o alcoolismo. "É cientificamente comprovado que os jovens que começam a beber antes dos 15 anos, são muito mais propensos a desenvolver dependência alcoólica", afirmou a especialista.

Também participaram do debate o assessor pedagógico do Ministério da Educação, Cristiano de Souza Calisto, a assistente social do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS/SES/DF), Lorena Abreu Piloni, e a gerente terapeuta ocupacional do CAPS/SES/DF, Kelly Cristina Veira.