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Ailton Passos depôs hoje na Corregedoria sobre caso Erika

Publicado em 19/09/2007 12h14
A deputada Erika Kokay (PT) não sabia da existência de conta corrente irregular, aberta por Geraldo Batista da Rocha Júnior, ex-funcionário do gabinete da parlamentar, que a denunciou por suposto uso de Caixa 2 em campanha eleitoral. Foi o que disse hoje Ailton Passos Jardim, também ex-servidor do gabinete da parlamentar, durante depoimento na Corregedoria da Câmara Legislativa.

Ailton afirmou que não era responsável pela movimentação da "conta fantasma", mas pediu a Geraldo algumas folhas de cheques para pagar dívidas e para trocar um cheque na empresa de factoring Prisma. Segundo o depoente, Erika Kokay jamais teve participação na movimentação da conta, que era de responsabilidade exclusiva de Geraldo. Ailton fez questão de ressaltar que nunca foi chefe de gabinete de Erika, mas que trabalhou para a petista durante os seis primeiros meses de 2003, quando ajudou a montar o gabinete parlamentar dela.

O corregedor da Câmara Legislativa, deputado Rôney Nemer (PMDB), disse que hoje à tarde vai tentar agendar com Erika Kokay o depoimento da deputada  para amanhã (20), solicitado por ela para sexta-feira. Dessa forma, o corregedor tentará ganhar tempo para analisar durante o próximo final de semana todos os depoimentos prestados e entregar na segunda-feira (24) o seu parecer opinativo a ser encaminhado à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar.

Rôney deixou claro que a investigação da Corregedoria recairá somente sobre a atividade parlamentar.
 Isso significa que o corregedor analisará se houve ou não participação de Erika Kokay na abertura e movimentação de conta bancária voltada para movimentação de Caixa 2 durante a campanha eleitoral de 2002, conforme a denúncia de Geraldo. "Todas as contradições e denúncias fundadas e infundadas nortearão o nosso parecer opinativo", garantiu o corregedor.

De acordo com Nemer, fatos considerados ilícitos verificados pela Corregedoria, mas que não digam respeito à atividade parlamentar, serão encaminhados para apuração pelas entidades competentes, tais como Receita Federal e Ministério Público. Ele observou que a Corregedoria não tem a prerrogativa de pedir quebra de sigilo bancário de envolvidos, sendo que caberá à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar aprofundar as investigações, se for o caso.

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