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Solução para os estacionamentos do DF passa pela melhoria do transporte público

Publicado em 03/05/2007 12h36
A solução para os estacionamentos de veículos no Distrito Federal passa por uma ampla reforma do sistema de transporte público. Esta foi a conclusão, tanto de autoridades como de convidados a debater o tema, presentes à audiência pública promovida hoje de manhã pela Comissão de Segurança (CSeg), presidida pelo deputado Cabo Patrício (PT).
 O deputado explicou que a audiência pública constituía-se em desdobramento de encontro mantido anteriormente com o diretor do Detran, Délio Cardoso, e representantes de diversos sindicatos.

A precariedade do transporte coletivo, aliada à magnitude da frota de veículos do DF, que chega a 900 mil automóveis, usados em deslocamentos para o trabalho e o lazer, estão na raiz do problema que, segundo o deputado, tende a agravar-se se não forem encontradas soluções urgentes e compatíveis com sua extensão.
 O subsecretário de Controle Urbano, Danilo Aucélio, representando o secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, explicou que houve um grande incremento no número de veículos entre 1990 e 2000 e, em decorrência, grande sobrecarga no sistema viário.
 No mesmo período, segundo o técnico, foi registrada significativa queda no uso do transporte coletivo.
 Aucélio garantiu que a solução para esse crítico quadro está na melhoria do transporte público urbano e na reestruturação dos estacionamentos.
 O diretor do Detran, Délio Cardoso, foi mais incisivo, ao afirmar que "a mãe de todas as batalhas" depende da implantação do sistema "Brasília Integrada" que, em sua opinião, vai permitir ao cidadão deixar seu veículo em casa e usar um transporte público eficiente, pagando uma só tarifa. Délio considerou que o tombamento do Plano Piloto demanda soluções criativas, mas avisou que não há soluções milagrosas.
  Para Cardoso, ainda dá tempo de mudar, antes que o caos se instale. Mas ponderou que as mudanças têm de contar com a participação da sociedade, mediante o pagamento de pedágios ou estacionamentos rotativos, como ocorre em qualquer grande capital.

   O secretário de Política Sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Lopes, reclamou que os altos impostos pagos não revertem em benefícios aos cidadãos. Reclamou também da inconsistência das políticas públicas, como o caso das ciclovias, que foram iniciadas e abandonadas em cidades como Taguatinga e Ceilândia. Observou, ainda, que as soluções para o problema dos estacionamentos têm de contemplar também o Entorno de Brasília.

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