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A capoterapia, capoeira adaptada para a terceira idade, é um "estilo de vida, um diálogo com a natureza, e é genuinamente brasileira", afirmou a deputada Erika Kokay (PT) na sessão solene, realizada hoje pela manhã no plenário da Casa, em homenagem à modalidade. Na abertura da solenidade, os adeptos da capoterapia, que lotaram o plenário, praticaram a "terapia do abraço".

Diminuição no consumo de medicamentos, estabilização da pressão arterial, diminuição da gordura corporal, melhora da flexibilidade e da freqüência cardíaca são alguns dos benefícios da capoterapia, de acordo com a agente de saúde Ivone Daiêz Rodrigues. "Trabalho no Centro de Saúde Nº 2 da Praça do Bicalho, em  Taguatinga, há 27 anos, e os idosos, que antes lotavam os corredores, depois que começaram a praticar a capoterapia, aumentaram a auto-estima e diminuiram o uso de medicação", relatou. O principal benefício, para a representante do Conselho dos Direitos dos Idosos, Maria Regina Santos Rodrigues, é "a alegria".

O bem-estar por meio da atividade física é uma indicação da Organização Mundial de Saúde (OMS), argumentou a coordenadora do Programa de Atividades Físicas do projeto Universidade Aberta à Terceira Idade da Universidade Católica, Nilza Maria do Vale Pires. "Acredito que a capoterapia vai chegar até a OMS", disse. Ela contou que a capoterapia permitiu a integração entre os mestrandos em Educação Física e em Gerontologia da Católica e os idosos. Segundo Pires, a expectativa de vida no Brasil é de 85 anos, e profissionais de todas as áreas precisam estar preparados para atender a essa faixa da população.

"Devemos ter uma postura de atividade física sempre e somos parceiros da capoterapia", considerou a assistente social do SESC, Regina Caetano. O representante da Subsecretaria de Mobilização e Eventos, Wanderley Silva, sugeriu um circuito para levar a capoterapia a todo o DF.