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Sessão solene homenageia o orgulho homossexual

Publicado em 15/06/2007 18h45
"A população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis) não pode ficar invisível das políticas públicas". A defesa foi feita pela deputada Erika Kokay (PT), durante a sessão solene em homenagem ao dia do Orgulho LGBT, realizada na tarde desta sexta-feira no plenário da Câmara Legislativa.

Segundo a deputada, a luta dos ativistas do Distrito Federal vem alcançando vitórias, mas ainda espera pela regulamentação da Lei nº 2.615/2000. "Essa é a maior prioridade hoje, regulamentar a lei que pune aqueles que cometem crimes com motivos homofóbicos", explicou. Kokay informou ainda que está elaborando o projeto Brasília Sem Homofobia, que terá como objetivo conscientizar a população e dar visibilidade à diversidade.

Para o representante do Grupo Estruturação, Milton Santos, o Dia do Orgulho Homossexual não deve ser a única ocasião para levantar as bandeiras do movimento. "A festa é essencial, é quando nos mostramos e nos realizamos. Mas o orgulho, na verdade, é a busca pela dignidade que almejamos. Não podemos nos restringir ao exótico, temos muitas bandeiras políticas perenes", defendeu.

A questão da homossexualidade entre religiosos também foi abordada pela presidente da ONG Harpazo (Movimento Cristão pela Diversidade), Aline Dias. "Trabalhamos com aqueles que se sentem excluídos da Igreja por sua orientação sexual. Existem casos, inclusive, de padres e pastores que são torturados dentro das igrejas com a justificativa de que, assim, deixariam de ser gays", denuncia. A sessão solene contou com a presença de vários representantes do movimento LGBT. A presença de uma única deputada no evento, porém, foi criticada pela diretora da Associação Lésbica Feminista Coturno de Vênus, Melissa Navarro. "Gostaríamos de ter visto mais parlamentares nessa sessão, para que nossa luta contra a discriminação seja conhecida por nossos representantes", reclamou.

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