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As trabalhadoras da Câmara Legislativa foram homenageadas na manhã hoje (07), dando prosseguimento às atividades do Mês da Mulher. Reunidas no auditório da Casa, as servidoras ouviram uma palestra da psicóloga Adriana Fitipaldi, que apresentou uma abordagem existencialista sobre o papel da mulher no século XXI e uma crítica à sociedade patriarcal.

"Não nos iludamos com as transitoriedades da vida. O que nós, mulheres, podemos fazer pelo mundo, levando em conta que também somos ser-para-a-morte? O que deixaremos para o futuro é o que construímos com a educação dos filhos, tentando viver não para o outro, mas junto com o outro", observou Fitipaldi, apoiando-se nas filosofias de Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre.

O presidente da Câmara Legislativa, deputado Wasny de Roure (PT), lembrou que vivemos "um momento de valorização da mulher" e conclamou as servidoras a se empenharem nos projetos do Legislativo para a sociedade. A deputada Eliana Pedrosa (PSD), primeira secretária da Casa, destacou a importância do desapego nas relações com os filhos. "Nós, mães, costumamos criar os filhos como bibelôs. Preparamos as meninas para se doarem aos homens e os meninos para tomarem posse das mulheres. Antes de criticar o mundo, precisamos ser menos possessivas, egoístas, dominadoras com nossos filhos", afirmou.

Desabafo – Durante sua fala, a deputada Luzia de Paula (PEN), recém designada para ocupar o cargo de Procuradora da Mulher, da Câmara Legislativa, reclamou da falta de estrutura para desempenhar a função. "Não é justo que um espaço tão significativo careça de estruturas mínimas. Precisamos de uma sala, de uma linha telefônica, de funcionários comprometidos com a causa. Caso contrário, essa Procuradoria será apenas um título", reivindicou.