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O promotor Jairo Bisol, ao comentar as questões propostas pelo deputado Dr. Charles (PTB), durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos, na tarde desta segunda-feira, transferiu as respostas para o secretário de Saúde, José Geraldo Maciel, que será ouvido, pela mesma comissão, nesta terça-feira (26), às 10 horas."Não temos estrutura para fazermos todas as investigações. Temos uma lista de prioridades. E muitos desses assuntos devem ser postos para o secretário", declarou, após ouvir mais de uma dezena de assuntos listados pelo parlamentar. Dr. Charles indagou ao promotor questões como o envio de ofício ao secretário com um pedido a favor de uma servidora da Saúde que havia sofrido punições. "O Ministério Público deve proteger os que fazem denúncias", afirmou o promotor.

O deputado Reguffe (PDT) perguntou a Bisol sobre o envio do e-mail, endereçado a procuradores do Ministério Público, no qual afirmava que o secretário de Saúde vinha sofrendo pressões. "O meu e-mail não tem teor político, é investigatório. Trata-se de uma reflexão", disse.

Sobre as investigações que vem realizando em torno de compras superfaturadas, o procurador observou que não conseguiu nenhuma vitória judicial nos últimos cinco anos: "Buscamos nos aproximar dos gestores e cobramos, por exemplo, reformas e compras compatíveis".

:Bisol denunciou o que classificou como "dupla militância". Segundo ele, "há na secretaria um grupo de médicos privatistas, que sempre ocupam cargos de direção, e que fazem tudo para enviar pacientes para a rede privada".

Também fizeram perguntas, os deputados Rogério Ulysses (PSB) e Leonardo Prudente (PFL), que abriu mão do "foro privilegiado" - como parlamentar - e se colocou à disposição para qualquer argüição, caso alguma de suas empresas esteja sendo objeto de investigação pelo Ministério Público.