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Secretário de Saúde presta esclarecimentos na CLDF

Publicado em 27/03/2007 12h28
A Comissão de Defesa Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, em reunião extraordinária iniciada nesta manhã, ouve o secretário de saúde, José Geraldo Maciel, a respeito da situação do sistema público de saúde do Distrito Federal.

Abriu a discussão, o deputado Reguffe (PDT), autor do requerimento que solicitou a presença do secretário. De acordo com o distrital pedetista, a presença do secretário na CLDF não significa que se esteja fazendo "jogo político" para desestabilizar a sua gestão ou pressão para sua renúncia. "O que eu quero é saber do senhor quais as providências que estão sendo tomadas para sanar os graves problemas encontrados nos hospitais do DF", justifica Reguffe.

O distrital levantou uma série de denúncias, fruto das visitas feitas pela Comissão de Direitos Humanos a hospitais da rede pública. "Constatamos que há médicos trabalhando menos do que deveriam, ambulâncias quebradas e péssimas condições físicas. Achamos, inclusive, um vazamento de esgoto insuportável na sala de esperas do Hospital de Base", afirma Reguffe. O deputado também cobrou promessas de campanha: "O governador Arruda disse, em campanha, que iria implantar o Cartão-Saúde, mas até agora não vimos nada", acrescenta.

:A deputada Erika Kokay, presidente da Comissão, também apresentou críticas à saúde pública do DF. "Na braquiterapia do Hospital de Base, por exemplo, as pacientes são obrigadas a passar 72 horas com um aparelho conectado ao corpo, de maneira muito dolorosa, para tratamento de câncer no útero. Mas sabemos que existe um outro equipamento que poderia realizar o procedimento em dez minutos", denuncia. "Além disso, temos o problema do acelerador linear do Hospital de Base, atacado por ratos e atualmente inoperante", afirma Kokay.

O secretário procurou se defender das críticas. "Em primeiro lugar, o acelerador linear está inoperante sim, mas não por causa de ratos. Verificamos um problema numa peça do aparelho, que está sendo providenciada e que deverá chegar em dez ou quinze dias", rebate Maciel. A procedência dos pacientes voltou a ser levantada pelo secretário: "Quando nós atendemos um paciente, não perguntamos a sua procedência porque somos obrigados a atender qualquer cidadão. Entretanto, sabemos que o grande número de pessoas de outros estados que vêm ao DF para serem atendidas prejudica as nossas atividades", reclama Maciel.

:Em relação as outras críticas levantadas, o secretário apresentou a sua versão. "Em relação à braquiterapia, o equipamento à base de lítio, que submete a paciente a apenas dez minutos de tratamento, ao contrário do nosso, que necessita de 72 horas de tratamento, está encaixotado no Hospital Universitário de Brasília, que não faz parte do nosso sistema. Mandem esse equipamento para nós que iremos colocá-lo para funcionar em dez dias", provoca Maciel.

Sobre o Cartão-Saúde, o secretário disse que será implantado o mais rápido possível. "Para implantarmos esse cartão, precisamos informatizar os milhões de prontuários dos nossos hospitais, mas com a desativação da Codeplan, o procedimento foi prejudicado", afirma. E completa: "o estoque de medicamentos está todo informatizado; quando falta um, nós temos um substituto na farmácia central, podem ter certeza disso", garante Maciel.

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A reunião extraordinária da Comissão de Direitos Humanos continua em andamento. À espera para falar, vários deputados estão na lista de inscrições.

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