Raad Massouh é o novo corregedor no processo contra Pedro Passos
Raad Massouh é o novo corregedor no processo contra Pedro Passos

A eleição de novo corregedor para o caso se deu após a Mesa Diretora ter concluído pela argüição de suspeição do deputado Rôney Nemer (PMDB). A argüição foi levantada por Passos, que justificou a medida apresentando uma entrevista concedida por Nemer na qual o corregedor afirma ter tido desavenças com o investigado em outra ocasião.
O deputado Alírio Neto (PPS), presidente da CLDF, lamentou a decisão da Mesa. "Acredito que a decisão foi equivocada, até porque o deputado Rôney Nemer já havia emitido parecer favorável a Passos no processo que analisou uma denúncia de agressão a um dirigente do Sindicato dos Bancários", afirmou. Durante a sessão, Passos impetrou questão de ordem a Alírio para que a votação do nome do novo corregedor ficasse para amanhã. "Vários parlamentares não estão aqui hoje para se candidatar ou votar, não vejo por que fazermos isso com tanta pressa", argumentou.
A deputada Erika Kokay (PT) manifestou-se contrária: "é obrigação de todos os deputados estarem aqui hoje, não podemos adiar as decisões da Casa quando há quórum regimental suficiente". Estiveram no plenário 19 parlamentares, de um total de 24.
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A questão de ordem de Passos foi vencida no plenário e o deputado Batista das Cooperativas (PRP), que havia se inscrito como candidato, retirou o seu nome. "Sinto-me prejudicado com a decisão de votarmos hoje o novo nome", declarou. Restando como candidato único, o deputado Raad Massouh foi eleito com 15 votos favoráveis e uma abstenção de Passos. O cargo de corregedor ad hoc é temporário, ficando restrito ao caso para o qual foi eleito. Rôney Nemer continua sendo o corregedor da Câmara, com mandato de um ano. Para o deputado Chico Leite (PT), há um problema jurídico a se resolver. "O regimento é omisso quanto à questão dos prazos que o corregedor ad hoc deve cumprir. Já solicitamos ao procurador da Câmara, Stéfano Borges, que analise a questão", afirmou.