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Psicólogo caracteriza violência nas escolas como epidemia

Publicado em 07/08/2008 12h57
A violência nas escolas é uma epidemia que atinge 45% dos estudantes, declarou o psicólogo José Augusto Pedra na abertura de audiência realizada na manhã de hoje pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Pedra disse mais que 80% dos agressores reproduzem a violência sofrida, seja ela verbal, material ou virtual - aquelas feitas por sites de relacionamento na internet -, entre outras formas.

O Bullying, termo inglês usado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, pode ser praticado entre alunos, destes contra o professor e do professor contra os alunos, explicou o psicólogo.

A audiência, coordenada pelo deputado Milton Barbosa (PSDB), presidente da CAS, contou com a participação dos deputados Bispo Renato (PR), presidente da Comissão de Segurança; Luzia de Paula (PSL) e Erika Kokay (PT), esta última, presidente da Comissão de Direitos Humanos; de representantes do governo, da polícia, de entidade representativas de professores e policiais e de alunos da rede pública de ensino, que superlotaram o auditório da Câmara.

Prevenção - Representando a Secretaria de Educação, o professor Mauro Glaysson de Castro destacou o impacto positivo de ações preventivas como o programa Escola Aberta, que indiretamente combate a violência, entre outras ações governamentais. O comandante do Batalhão Escolar da Polícia Militar, coronel Nelson Garcia, declarou que o policiamento ostensivo não é suficiente: "é preciso criar condições físicas e motivacionais para os alunos e professores".

:Segundo dados do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, o órgão, ciente da problemática sobre a violência nas escolas, instituiu, por meio da Portaria n.

º 788, de 29 de junho de 2005, o Grupo de Apoio à Segurança Escolar, coordenado pelos promotores de Justiça Rubin Lemos e Luisa de Marilac Xavier dos Passos Pantoja. O grupo de apoio é integrado pelas promotoras de Justiça Ana Luisa Rivera, da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação, e Cláudia Valéria Pereira de Queiroz Teles, da Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude. O projeto foi avaliado positivamente pelo Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes – UNODC, ainda em 2005.

A professora Rosilene Correia, da diretoria do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro), anunciou que a entidade lançará um programa específico sobre o tema na próxima quinta-feira (14) e defendeu que o combate à violência nas escolas passa pela valorização do professor e pela estrutura física das escolas, além da formação de parcerias entre governo, entidades e comunidade.

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