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Promotor Bisol confirma denúncias de "pressões" na saúde

Publicado em 26/03/2007 17h01
Em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Legislativa, agora à tarde, no plenário, o promotor do Ministério Público, Jairo Bisol, confirmou que, em e-mail destinado a colegas, fez ilações "na intimidade de investigadores" sobre pressões de empresas e deputados contra o secretário de Saúde, José Geraldo Maciel.

Tenso e exaltado, o promotor disse que aquela audiência atendia a um "rito que escondia um jogo de interesses políticos". Mas ressaltou que estava na Câmara "com alegria", pois teria oportunidade de esclarecer a denúncia feita contra ele de que estava defendendo o secretário.
 O promotor recebeu vaias de manifestantes nas galerias e aplausos de membros do Ministério Público,  que acompanhavam sua exposição inicial de quase uma hora - sem interrupções de parlamentares.

Bisol disse, contudo, que não diria o nome das empresas que estariam envolvidas nas irregularidades pois, como conhecedor do direito, não iria atrapalhar suas investigações.
 E também anunciou que não iria apontar o nome dos distritais que estariam fazendo pressões contra o secretário. Mas reafirmou que seriam três ou quatro distritais e um deputado federal."O que estou defendendo é o interesse público. E não o secretário", enfatizou o promotor, ao garantir que continuará com sua "fiscalização atenta" às ações da Secretaria de Saúde, como fez nas gestões anteriores.
 Comentou, porém, que o atual secretário está realmente enfrentando muitos problemas que tornam a situação da saúde "ainda muito grave".

A audiência pública prossegue com perguntas ao promotor feitas pelos parlamentares.
 O primeiro é o deputado Dr. Charles (PTB), autor do requerimento para a realização da audiência pública.

 Preside os trabalhos a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, deputada Erika Kokay (PT).

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