Publicador de Conteúdos e Mídias

Professores pedem socorro à Câmara

Publicado em 19/04/2007 11h47
Em audiência pública realizada hoje pela manhã no plenário da Câmara Legislativa, por iniciativa da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, professores da rede pública pediram socorro aos parlamentares para mudar as condições de trabalho com as quais têm que conviver. Eles reclamaram do alto índice de doenças ocupacionais que está prejudicando a categoria.

A audiência pública sobre "doenças profissionais e a revitimização de educadores e educadoras" contou com a participação da deputada Erika Kokay (PT), presidente da Comissão; do deputado Chico Leite, líder do PT; da doutora em psicologia e professora do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da UnB, Ana Magnólia Mendes; da diretora do Sindicado dos Professores (Sinpro) e presidente da Cut-DF, Rejane Pitanga; do secretário-geral do Sindicato dos Auxiliares do Ensino, Denivaldo Alves do Nascimento; do diretor do Sinpro, Carlos Antoneto de Souza Lima, conhecido como "Garibe" e do presidente da Associação dos Portadores de Doenças Ocupacionais do DF, Clênio Menezes Brito.

A professora Ana Magnólia apresentou dados de pesquisa, feita em 2003 com os participantes do 6º Congresso dos Trabalhadores em Educação, que mostra que 70% da categoria consideram precárias suas condições de trabalho. 40% acham que a organização do trabalho também é precária, 59% que as relações de trabalho são insatisfatórias e deterioradas e 37% estão sofrendo de desgaste emocional enfrentando estresse, ansiedade, tensão emocional, síndrome do pânico e síndrome de solidão.

Nessa mesma época, o Sinpro apurou que 38% dos docentes da rede pública e 20% da rede privada já haviam sido afastados do serviço por conta de uma dessas doenças. Hoje o quadro continua o mesmo.

Erika confirmou o compromisso da Casa de "eliminar a dor do cotidiano da educação no DF". Segundo a deputada, o professor doente é perseguido, o que acaba agravando sua condição. "Daqui a pouco os docentes vão evitar tirar licença e trabalharão doentes para não enfrentar problemas", afirmou.
 Já a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/DF), Rejane Pitanga, destacou que o tema é novo na agenda sindical. "Por ser um ponto tão importante como a questão financeira, a saúde dos educadores deve ser uma política permanente", destacou.

Mais notícias sobre