Professores pedem socorro à Câmara
Professores pedem socorro à Câmara

A audiência pública sobre "doenças profissionais e a revitimização de educadores e educadoras" contou com a participação da deputada Erika Kokay (PT), presidente da Comissão; do deputado Chico Leite, líder do PT; da doutora em psicologia e professora do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da UnB, Ana Magnólia Mendes; da diretora do Sindicado dos Professores (Sinpro) e presidente da Cut-DF, Rejane Pitanga; do secretário-geral do Sindicato dos Auxiliares do Ensino, Denivaldo Alves do Nascimento; do diretor do Sinpro, Carlos Antoneto de Souza Lima, conhecido como "Garibe" e do presidente da Associação dos Portadores de Doenças Ocupacionais do DF, Clênio Menezes Brito.
A professora Ana Magnólia apresentou dados de pesquisa, feita em 2003 com os participantes do 6º Congresso dos Trabalhadores em Educação, que mostra que 70% da categoria consideram precárias suas condições de trabalho. 40% acham que a organização do trabalho também é precária, 59% que as relações de trabalho são insatisfatórias e deterioradas e 37% estão sofrendo de desgaste emocional enfrentando estresse, ansiedade, tensão emocional, síndrome do pânico e síndrome de solidão.
Nessa mesma época, o Sinpro apurou que 38% dos docentes da rede pública e 20% da rede privada já haviam sido afastados do serviço por conta de uma dessas doenças. Hoje o quadro continua o mesmo.
Erika confirmou o compromisso da Casa de "eliminar a dor do cotidiano da educação no DF". Segundo a deputada, o professor doente é perseguido, o que acaba agravando sua condição. "Daqui a pouco os docentes vão evitar tirar licença e trabalharão doentes para não enfrentar problemas", afirmou.
Já a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/DF), Rejane Pitanga, destacou que o tema é novo na agenda sindical. "Por ser um ponto tão importante como a questão financeira, a saúde dos educadores deve ser uma política permanente", destacou.